JAGUARIBE DESTACA OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NO BRASIL
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Roberto Jaguaribe, integrou o primeiro painel do Fórum de Investimentos Brasil 2017, intitulado Investindo no Brasil. O Fórum acontece em São Paulo e segue até hoje (31/5). Jaguaribe iniciou o painel chamando a atenção dos presentes para a quantidade e a qualidade das oportunidades de investimento existentes no Brasil, um amplo portfólio que inclui infraestrutura, agronegócios, inovação e tecnologia, comércio, energia, saúde e biotecnologia, sempre com a visão no médio e longo prazos.
No agronegócio, por exemplo, Jaguaribe destacou que o campo brasileiro revolucionou a produtividade com o aporte de tecnologia nacional que permitiu ampliar a produção e promover a redução do desmatamento. "Isso permite ao Brasil ter um potencial de continuada expansão da produção sem impactar a cobertura vegetal nativa. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima em 20% o aumento na demanda por alimentos e o Brasil terá de expandir em 40% sua produtividade para conseguir atender a essa demanda", apontou o presidente da Apex-Brasil.
Jaguaribe também destacou que o Brasil está pronto para esse desafio, não apenas no campo como em outros setores. "Há 20 anos, o Brasil formava 10 mil mestres e pouco mais de dois mil doutores. Em 2016 formamos mais de 50 mil mestres e quase 15 mil doutores. Isso mostra a qualificação da mão-de-obra nacional e ajuda, entre outras coisas, a atrair centros de pesquisa e desenvolvimento", detalhou.
Também integrante do painel, o presidente da Fiat Chrysler para América Latina, Stefan Keter, relata que a decisão de investir no Brasil teve impacto positivo para a empresa: "A abertura da nossa fábrica em Pernambuco foi um grande acerto, especialmente pela produção de veículos num segmento que está bem no mercado. A indústria instalada no Brasil tem capacidade muito grande, mas não pode entrar em desespero em momentos de menor atividade".
O diretor mundial de Operações Comerciais da Bayer AG, Marc Reichardt, revelou que aposta em uma nova decolagem brasileira, e reforçou o salto qualitativo promovido pelo país no agronegócio como exemplo dessa possibilidade: "O que o Brasil fez nesse setor não tem parâmetros no mundo, a expansão da fronteira agrícola passou por muitos desafios, desde a tropicalização de culturas até o combate a pragas e afins. O Brasil tem um clima favorável, que permite mais de uma safra no ano, mas que também impõe desafios, o que leva a forte inovação, pesquisa e desenvolvimento no setor".
Também participaram do debate, moderado pelo jornalista Michael Reid, da The Economist, o CEO da Climate Bonds Initiative, Sean Kidney; o CEO da Siemens do Brasil, Paulo Ricardo Stark; e o presidente da Anglo American Brasil, Ruben Fernandes.
