MARCAS DA MODA BRASILEIRA SE APRESENTAM AO MERCADO CHINÊS



Vinte marcas brasileiras estiveram em Xangai entre os dias 17 e 20 de novembro apresentando seus produtos e realizando contatos com compradores e formadores de opinião chineses do setor de moda. A ação Discover the Brazilian Originality Beyond Trends, promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com a Abest, a Abit (por meio do Programa Texbrasil), e a Abicalçados, incluiu visitas técnicas a nove lojas multimarcas, reuniões de negócios com mais de 80 compradores chineses e um evento de posicionamento de imagem.

 

As empresas brasileiras também assistiram um seminário sobre o mercado chinês de moda. Especialistas do setor apresentaram informações sobre o perfil de consumo na China; a importância do comércio eletrônico; canais de distribuição no país e o ambiente do varejo; estratégia de entrada de marcas estrangeiras, tendências de moda na China, entre outros.

 

Participaram da ação as marcas Helen Rodel, GIG, Patricia Bonaldi, Pat Bo, Patricia Motta, Cecilia Prado, Lili Sampedro, Blue Bird, Debora Mangabeira, Marcelo Quadros, T. Arrigoni, Wasabi, Bibi, Democrata, Jorge Bischoff, Sapatoterapia, Amazonas, Dumond, Capodarte e Lilly´s Closet.

 

O principal objetivo foi mostrar a importantes players do mercado chinês que a moda brasileira vai além das expectativas e se inspira na arte, na música e na gastronomia, representando a diversificada cultura de um país de dimensões continentais. No evento de posicionamento de imagem, as marcas desfilaram suas criações para mais de 130 convidados, ente compradores, jornalistas, blogueiros, líderes de opinião e celebridades locais. As marcas também fizeram sessões de fotos para a edição chinesa da revista Elle.

 

”O mercado chinês é bastante significativo para o setor de Moda, com grande interesse por marcas internacionais de alto padrão. Trouxemos para cá nomes selecionados da moda brasileira, que se interessaram em conhecer melhor as oportunidades apresentadas pelo país e percebemos uma boa receptividade dos chineses, o que certamente resultará em um incremento nas exportações do setor para Ásia”, destaca o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Ricardo Santana.

 

O diretor destacou ainda que os consumidores chineses são hoje responsáveis por 25% do mercado mundial de moda e até 2017 o país deve se tornar o segundo maior mercado de moda de luxo no mundo.  “Já temos uma excelente parceria com a China em outros setores como alimentos, bebidas e, agora, fizemos essa primeira ação coordenada com três entidades setoriais para abrir espaço aqui para a moda brasileira”, completou Santana.

 

Para a designer de bijuterias de alto luxo, Tatiana Arrangoni, foi uma importante oportunidade de contato com compradores chineses e para conhecer melhor a dinâmica do mercado. A designer já exporta para Europa, Estados Unidos e Emirados Árabes e tem na China um de seus próximos alvos – já marcou reunião com uma grande empresa multimarcas para começar a negociar.

 

A estilista mineira Cecilia Prado exporta para a China desde 2004 e tem seus produtos vendidos em uma rede de lojas de marcas de luxo, onde é a única representante brasileira.  Para ela, a China é um mercado complexo, que precisa ser bem compreendido. “Já havia estado por duas vezes no país, mas nunca com esse propósito de estudar mais profundamente o mercado. Tanto o seminário como as visitas aos pontos de venda foram reveladores”, comenta. “Entendendo melhor o estilo e o biótipo das chinesas, e já vou preparar uma coleção exclusiva para o mercado asiático”, completa.  A China representa de 8% a 10% das exportações da estilista, que prevê dobrar esse percentual nos próximos 12 meses”.

 

Paula Poushan, da Blue Bird Shoes, começou a exportar há um ano e meio e já está em 10 países. Veio a China pela primeira vez para conhecer e se aproximar do mercado. “Foi muito enriquecedor, pois conhecia muito pouco, mas certamente espero trazer meus produtos para consumidores que buscam produtos diferenciados”, disse.

 

Do setor de calçados, participaram 10 empresas, muitas delas com contratos na China. Uma rodada de negociação preparada exclusivamente para esse grupo resultou em uma expectativa de incremento da ordem de US$ 700 mil. Miguel Gorrias, consultor da marca Jorge Bischoff, fez sete reuniões com compradores de Xangai e outras cidades da China e identificou duas oportunidades de parceria com distribuidores para a empresa, que ainda não está no mercado chinês mas já exporta para outros 40 países, inclusive Hong Kong, Japão e Cingapura. “Há fortes possibilidades de introdução da marca aqui nos próximos 12 meses”, afirmou. 

 

Mercado

 

A China é o segundo principal parceiro comercial do Brasil atualmente.  Em 2013, 20% das exportações brasileiras foram para o país, totalizando US$ 46 bilhões. As exportações de produtos e serviços de Moda totalizaram US$ 122,4 milhões. As maiores marcas globais já possuem operações na China, um mercado de alto crescimento, com média anual de 20%.

 

O setor brasileiro de têxtil e de confecção exportou, em 2013, US$ 24,5 milhões para a China, quase 30% a mais que em 2012. Já o setor de calçados exportou US$ 2,9 milhões para a China, e no acumulado de janeiro a setembro de 2014, US$ 1,97 milhão (31,1% mais do que no mesmo período do ano passado, ou US$ 1,5 milhão).

 

 
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