EMPRESAS BRASILEIRAS FAZEM BONS NEGÓCIOS NA FEIRA MEDICA
As empresas brasileiras participantes do Brazilian Health Devices, projeto executado pela ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e Laboratoriais, em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), marcaram presença na MEDICA, que mais uma vez reforçou a sua fama de principal evento internacional do setor de serviços e produtos médicos do mundo, realizado em Düsseldorf, Alemanha, entre os dias 12 e 15 de novembro.
Os 50 expositores brasileiros ficaram em pavilhões no Hall 17, Hall 4 (específico para Fisioterapia e Ortopedia) e Hall 3 (especializado em Laboratório). O pavilhão do Hall 17, que abriga a maior quantidade de empresas, esteve ao lado dos locais mais visitados da feira, próximo aos pavilhões da França, Reino Unido, Estados Unidos e Suíça, países famosos pela alta qualidade e tecnologia no setor da saúde. Três empresas associadas também são expositoras fora dos pavilhões brasileiros: Carci, Fanem e Labtest.
Os números da MEDICA sempre impressionam. Ao todo, as empresas realizaram quase 3 mil contatos com 123 países diferentes e atingiram o total de US$ 2.292 milhões em negócios com 20 deles como Alemanha, Arábia Saudita, Argélia, Bélgica, China, Colômbia, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, França, Grécia, Irã, Itália, Marrocos, México, Paquistão, Turquia e Taiwan. Compradores alemães, árabes, chineses, paquistaneses e turcos fizeram negócios com mais de duas empresas brasileiras durante a feira.
A expectativa para geração de negócios para os próximos 12 meses é de US$ 16 milhões, número um pouco acima do consolidado na edição do ano passado, que foi de US$ 15 milhões. A coordenadora de promoção comercial da ABIMO, Clara Porto, explica que, apesar do aumento no número de vendas em relação ao ano passado, elas foram feitas de forma menos pulverizada entre os países: “Isso significa que as empresas estão realizando menos vendas, mas de valores agregados maiores”, explica Clara.
Ações
A participação na MEDICA também tem um viés político/econômico importantíssimo para as empresas brasileiras. No primeiro dia de feira a ABIMO promoveu o 1º Fórum de Discussão de Política Industrial e Regulação na Internacionalização, que reuniu órgãos do governo e indústrias brasileiras para discussão de temas referentes às políticas industriais para o segmento.
Estiveram presentes na discussão 130 participantes, de 70 empresas, para debater temas importantes relevantes à internacionalização das empresas brasileiras e como o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) podem auxiliar as empresas em seu processo de internacionalização. O evento também foi bastante proveitoso por aproximar mais as indústrias destes organismos do governo.
Participaram do evento Valdir Barbosa, do Ministério da Saúde; Valdênio Araújo, da ABDI; Carlos da Silva Moutinho, diretor da Diretoria de Coordenação e Articulação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária da Anvisa; e João Paulo Pieroni e Carlos Henrique Cabral Duarte, do BNDES.
Sucesso desde 2011, foi realizado o já tradicional Brazilian Happy Hour, no pavilhão brasileiro, no dia 13 de novembro. O BHD aposta nesta ação como estratégia de negócios, oferecendo comidas e bebidas típicas do Brasil ao público internacional, além de música brasileira ao vivo, proporcionando assim um ambiente descontraído para que as empresas brasileiras possam estreitar os laços de relacionamento com seus clientes internacionais. Mais uma vez, o evento ultrapassou às expectativas esperadas. “Como sempre o Brazilian Happy Hour foi um sucesso!”, comenta Clara. Estima-se que o evento recebeu cerca de 500 visitantes internacionais.
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Deborah Rezende
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