Delegação comercial da Nova Zelândia busca avanços nas negociações com a União Europeia
O Ministro neozelandês para o comércio, Damien O’Connor, iniciou viagem oficial ao continente europeu para promover a agenda de negociações do país. Se, no final de fevereiro, O’Connor anunciou conclusão das negociações com o Reino Unido, o mesmo ainda não foi possível com a União Europeia. Segundo o político, a Nova Zelândia está empenhada em concluir as negociações que se iniciaram em 2018, e assumiram um passo acelerado ao longo de 2021. Uma visita da Primeira-Ministra do país, Jacinda Ardern, era esperada em novembro sob expectativas de um possível anúncio de acordo. No entanto, com o súbito endurecimento das negociações, a visita oficial foi adiada.
O’Connor sugeriu que um acordo com a União Europeia pode diferir daquele alcançado com o Reino Unido, que eliminará quase 100% das tarifas industriais e agrícolas, além de aprimorar o acesso ao mercado de serviços de Nova Zelândia e Reino Unido. O ambiente político estima que a negociação com o país oceânico pode resultar menos abrangente para o setor agrícola, que é tradicionalmente objeto de exceções de acesso a mercado na Europa. Isso se justifica pelo fato de que a Nova Zelândia é um tradicional exportador de alguns produtos considerados sensíveis pelos europeus, como carnes, laticínios, frutas e vinhos. Não obstante, as partes veem interessante momentum político para estreitamento das relações comerciais.
Na visita do ministro, que também incluiu uma ida a Genebra para a promoção dos interesses multilaterais do país na Organização Mundial do Comércio, houve reuniões oficiais com os Comissários europeus para a agricultura, Janusz Wojciechowski, e para o comércio, Valdis Dombrovskis.