Acordo Mercosul-União Europeia
Nos dias 17 a 18 de julho está prevista a reunião de líderes dos 27 membros da União Europeia e dos 33 países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Certamente, um dos assuntos a ser abordado no encontro será o acordo Mercosul-União Europeia.
As negociações técnicas foram encerradas em 2019, mas uma demanda da UE por um texto adicional de sustentabilidade paralisou o acordo que, da perspectiva da União Europeia, poderia dar um impulso às economias do blocos. O documento adicional enviado pela UE revela uma divisão interna dentro do bloco em relação ao acordo do Mercosul: França e Áustria estão entre os países que expressaram preocupação com o desmatamento e um possível aumento nas importações agrícolas.
O objetivo da União Europeia é promover um progresso significativo no acordo durante a cúpula de julho, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pedindo para concluí-lo o mais rápido possível.
Contudo, no momento, autoridades em Bruxelas esperam uma contraoferta do Mercosul sobre o protocolo extra de sustentabilidade que expresse as preocupações de desmatamento da UE. O Brasil, que acaba de assumir a liderança rotativa do Mercosul, defende o acordo, porém, nas palavras do Presidente Lula considera que as demandas extras são “inaceitáveis” e pediu que o bloco apresente “uma resposta rápida e contundente”.
