Empresários brasileiros comemoram negócios na OTC Houston



Empresários brasileiros comemoram negócios na OTC Houston

A presença na maior feira mundial de Petróleo e Gás deve render US$ 170 milhões para empresas brasileiras nos próximos 12 meses

Brasília, 13 de maio de 2019 – A expectativa de Negócios estimada pelos empresários brasileiros que participaram da maior feira mundial do setor de óleo e gás, a OTC Houston, nos Estados Unidos, somam US$ 170 milhões, entre negócios fechados na feira e previstos para serem fechados nos próximos 12 meses com parceiros comerciais que estavam no local. O pavilhão do Brasil contou com 50 companhias selecionadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), distribuídas em cerca de 500m2 em um local estratégico no evento, que ocorreu de 6 a 9 de maio.

Entre as empresas expositoras, algumas já são tradicionais do setor, como a Villares Metals, que tem cerca de 50% do faturamento oriundo da venda para mercados internacionais. “Já atendemos muitos clientes globais e exportamos para os Estados Unidos, Europa e América do Sul, mas queremos ampliar ainda mais nossas fronteiras comerciais”, explica o gerente de Marketing da empresa, João Falavigna. Para ele, mesmo que a empresa já tenha se consolidado no mercado norte-americano, é importante estar presente em grandes eventos do setor. “Nossa estratégia é aumentar a divulgação da marca para atrair novos clientes, além de estarmos sempre de olho no mercado e nos concorrentes”, arremata. A empresa fabrica aço para ferramentas e também válvulas automotivas.

O Brasil é um dos grandes atores internacionais quando o assunto é petróleo, e este ano um número recorde de 50 empresas esteve na feira para mostrar o que o país tem de melhor na cadeia produtiva de petróleo. “Ano passado trouxemos 33 empresas para a feira, e estamos percebendo que o mercado mundial de óleo e gás voltou a aquecer e o Brasil tem tido destaque. O movimento foi intenso no nosso pavilhão, tanto de potenciais compradores como de investidores”, destaca a coordenadora de Promoção de Negócios da Apex-Brasil, Flávia Egypto. A exploração petrolífera offshore é a especialidade do Brasil, que tem hoje cerca de 3% da produção total mundial, ficando em nono lugar no ranking mundial de produtores de petróleo em 2018. Já em relação às reservas de petróleo comprovadas, o país está na 15ª posição no ranking mundial, com 12,8 bilhões de barris de petróleo.

A atração de investimentos estrangeiros para o país também foi foco de atuação da Apex-Brasil, que atendeu potenciais investidores e organizou seminários e apresentações voltadas para empresas que pretendem se instalar no país ou que procuram parceiros para acessar o mercado brasileiro. No primeiro dia da conferência, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, e o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, explicaram a jornalistas e empresários como devem funcionar os leilões para extração de petróleo previstos para ocorrer no Brasil em outubro. A expectativa do governo brasileiro é de arrecadar cerca de R$ 100 bilhões nesses leilões para exploração de volumes de petróleo e gás excedentes do contrato de Cessão Onerosa, assinado com a Petrobras em 2010.

A presença do Brasil na OTC Houston foi organizada pela Apex-Brasil em parceria com diversas instituições como o Ministério de Relações Exteriores (MRE), de Minas e Energia (MME), o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), a Petrobras e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

Internacionalização
Uma missão de internacionalização, – organizada em parceria com o Setor de Promoção Comercial do Consulado em Houston, e voltada para empresas que estão prontas para ampliar seu comércio internacional e abrir operações nos Estados Unidos, – ocorreu antes do evento, de 2 a 4 de maio, com a adesão de 45 executivos de 20 empresas. O objetivo foi mostrar aos empresários interessados um pouco mais a fundo como funciona o mercado norte-americano, proporcionando inclusive uma imersão de negócios no maior produtor mundial de petróleo atualmente.