#BeDiverse: lá vai o pato, pato aqui, pato acolá


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#BeDiverse: lá vai o pato, pato aqui, pato acolá

Você sabe a diferença entre pato e marreco? Pois é: nenhuma. Não há qualquer diferença entre o pato e seu colega. O marreco é, tão-somente, uma espécie de pato, o chamado “Pato de Pequim”. E as espécies são as principais aves produzidas e abatidas pela Villa Germania, empresa catarinense fundada em 1995, com sede na cidade de Indaial, e que participou, em Tóquio (Japão), da Foodex 2018, uma das principais feiras de alimentos e bebidas do mundo. A Villa Germania foi uma das 23 empresas brasileiras no evento, que contaram com forte apoio da Apex-Brasil.

A empresa, aliás, nasceu para atender a demanda da colônia alemã pela carne de pato, no Vale do Itajaí (conhecido como Vale Europeu). “Ela cresceu e hoje é uma das maiores produtoras do segmento na América Latina, com quase toda a produção voltada ao mercado externo”, conta Marcondes Moser, diretor comercial e de exportação e também sócio-fundador da Villa Germania ao lado do também engenheiro agrônomo André Grutzmacher.

Segundo os profissionais formados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o objetivo da empresa em participar de feiras como a Foodex 2018 e de outras parcerias com apoio da Apex-Brasil é avançar em mercados como Cingapura, África do Sul, Canadá e América do Sul, entre outros. O Brasil incluído.

No Brasil, por exemplo, o consumo de pato é restrito a 13 gramas por habitante ao ano. Na China, é de 1,5 kg por ano e na Europa chega a 1 kg/ano. A carne de pato é, também, bastante consumida nos Estados Unidos, Egito e Arábia Saudita. No mercado interno, a Villa Germania vende pato congelado, pato temperado, marreco com e sem recheio. Já no mercado externo, 90% das exportações são de cortes e 10% de patos inteiros.

A Villa Germania produz patos a partir de matrizes importadas da França e Inglaterra, considerados os melhores do mundo na seleção genética da espécie. O marreco recheado com repolho roxo, aliás, é o prato típico da cultura germânica do Vale do Itajaí (conhecido como Vale Europeu). E é para falar sobre a Foodex 2018, as perspectivas da empresa e a relação com a Agência, que Marcondes Moser concedeu a seguinte entrevista ao Blog da Apex-Brasil. Confira:

 

Qual foi sua expectativa em relação à participação na Foodex 2018?

Queríamos entender melhor o mercado no qual já exportamos desde 2004 ininterruptamente, mas precisamos crescer, pois estagnamos nos últimos anos. É importante estar próximo dos clientes para entender melhor suas necessidades e como podemos nos manter extremamente competitivos.

O que a Villa Germania apresentou de novidade em uma das principais feiras de alimentos e bebidas do mundo?

Como foi a nossa primeira participação na feira, a ideia foi captar importadores médios e entender melhor a demanda para, depois, aplicar mudanças nos produtos, se necessário.

Quais os principais produtos da empresa?

Carne de pato na forma de aves inteiras e partes nobres como o peito sem osso e a coxa e sobre coxa desossada e com osso. Também atendemos o mercado com cortes especiais extremamente apreciados na culinária asiática principalmente, como cabeça, pés e língua de pato, entre outros miúdos.

Como ocorre a produção de patos?

Importamos as matrizes da Inglaterra e França. Essas matrizes geram ovos que são incubados. Aos 28 dias, esses ovos eclodem e imediatamente os patinhos de um dia são alojados nos galpões dos integrados. Hoje, contamos com 60 produtores rurais. Fornecemos aos integrados as rações adequadas para cada fase de vida do animal e todo acompanhamento técnico veterinário até a ave estar pronta para o abate. Aos 42 dias em média, os animais pesando cerca de 3 kg são coletados e enviados ao abatedouro onde a carne é preparada e os produtos são embalados e congelados seguindo os mais altos padrões de qualidade.

Qual a diferença de sabor entre pato e marreco?

O que conhecemos como marreco é uma raça de pato que é mundialmente conhecida como “pato de Pequim”, que atinge mais de 90% da carne consumida no mundo.

Quais os diferenciais competitivos e de qualidade que as chamadas aves especiais oferecem para clientes e consumidores?

Nosso pato é alimentado com ração 100% vegetal, livre de hormônios e antibióticos, gerando um sabor marcante em uma carne com características naturais altamente saudável.

Quais os certificados que comprovam a qualidade dos produtos?

SIF (Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura), HACCP – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (supervisão do Ministério da Agricultura) e Halal (certificado que atesta o padrão internacional de qualidade).

Qual a base de atuação da Villa Germania?

Produção verticalizada de carne de pato.

Quais os principais mercados da empresa?

Brasil, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Catar, Kuwait e outros países do Oriente Médio, além de Hong Kong e Japão.

Qual a história da empresa? Como ela surgiu?

Surgiu em 1996 para atender ao mercado com um produto tradicional de Santa Catarina, que é o marreco recheado, muito tradicional na cultura alemã regional. Depois viu-se que a ave é base da cultura gastronômica de diversas origens como a chinesa e asiática, francesa, egípcia e até no norte do Brasil, com o pato ao tucupi.

Qual o faturamento da empresa que hoje é uma das principais do Brasil no segmento? Quantas pessoas a Villa Germania emprega?

Nosso faturamento é de R$ 60 milhões por ano e temos 280 empregados.

Quais os planos de expansão?

Avançar com novas habilitações para países como Singapura, África do Sul, Canadá e países da América do Sul, entre outros.

Qual a importância da parceria com a Apex-Brasil no processo de internacionalização da empresa?

No nosso caso, o acesso a feiras importantes para a divulgação dos nossos produtos. Este é o primeiro projeto que fazemos em conjunto. Acreditamos muito nessa parceria e esperamos colher bons frutos.

 

Saiba mais:

Conheça a Villa Germania: https://www.villagermania.com.br/

Mais casos de sucesso de empreendedorismo brasileiro no exterior: www.bebrasil.com.br/pt


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