#BeSustainable: BR Goods prova que inovação e sustentabilidade podem ser aplicadas a qualquer setor
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A empresa BR Goods foi criada em 2001 para confeccionar cortinas de Box de Banheiro. A ideia era vender modelos criativos e mais competitivos para serem comercializados para hotéis e revendas. Tudo correu muito bem até um desafio catapultar a companhia para outro patamar, a colocando entre as empresas que representam o espírito da campanha Be Brasil, que promove o país como parceiro inovador e sustentável no mundo dos negócios.
A virada se deu quando, em 2003, o Hospital Albert Einstein solicitou o desenvolvimento de cortinas divisórias para leitos hospitalares que tivessem como características efeito retardante de chamas, antifungo e antimicrobiana.
Missão dada, missão cumprida. A experiência deu confiança à empresária Beatriz Cricci, fundadora da BR Goods, e a empresa mergulhou de vez no mercado de health care. Hoje, a companhia desenvolve divisórias, cantoneiras, corrimãos e cortinas de janela presentes em mais de 900 estabelecimentos.
O sucesso dos seus produtos logo despertou em Beatriz o interesse em exportar. Em 2015, a empresária se inscreveu no Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), e em 2017 no segundo ciclo do projeto ICV Global, parceria entre a Apex-Brasil e o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Fundação Getulio Vargas (FGV). O projeto tem como meta fomentar a internacionalização de micro e pequenas empresas que se diferenciam por seus atributos de inovação e sustentabilidade.
Aproveitamos um evento do ICV Global para falar com Beatriz sobre o preparo que adquiriu com o projeto e os diferenciais que fazem da BR Goods um exemplo de reinvenção. Confira!
Como surgiu a Br Goods?
Começou de forma inusitada. Meu pai iria construir um box de vidro na casa de praia e eu propus usarmos uma cortina. Ficou mais barato e bonito. Produzi mais seis unidades para amigos e comecei a vender para lojas. Isso até o dia em que um cliente pediu novos modelos para exibir na Expo Hotel, a principal feira do setor hoteleiro. Em troca, recebi um espaço no evento. Daí o caminho não teve mais volta.
E como você entraram no mercado de health care?
Em 2003, o Hospital Albert Einstein, referência na área da saúde, nos procurou e solicitou o desenvolvimento de Cortinas Divisórias para Leito Hospitalar, com efeito retardante de chamas, antifungo e antimicrobiana. As cortinas foram desenvolvidas com o que há de mais moderno.
A partir daí vocês passaram a trabalhar com produtos sustentáveis?
Na verdade, nós sempre trabalhamos com atributos sustentáveis e inovadores. Essa foi uma questão muito importante para nós. Temos como diferencial, por exemplo, a produção de tecidos com polímeros contendo fios especiais e nanotecnologia, e monitoramos a pegada de carbono da linha de cortinas divisórias. Nossa ideia é rever todo o ciclo de vida dos nossos produtos e tentar colocar cada vez mais atributos, implantando esse conceito em toda cadeia produtiva.
Como é isso?
Por exemplo, a cortina descartável, que antes fazíamos em polietileno normal e agora estamos lançando com polietileno i´m green. É um produto de origem renovável. Foi um esforço para dividirmos nossos produtos em descartáveis e produtos duráveis, em que nós reavaliamos o descarte e a vida útil do produto. É toda essa cadeia que a queremos fazer diferente.
E como o ICV Global tem ajudado a empresa?
O ICV reavaliou muito a nossa argumentação. Tínhamos muitos atributos sustentáveis, mas não estávamos conseguindo passar essa ideia adequadamente. Tanto na argumentação quanto nas nossas apresentações. Vieram ideias, vieram ações, atitudes.
E a Apex-Brasil? Como ele fez diferença na BR Goods?
A Apex-Brasil foi fundamental. Não adianta ter um bom discurso se você não tem um bom canal. A Apex-Brasil trouxe esses canais e oportunidades. Fora que participamos do PEIEX, que foi maravilhoso! Eles olham desde a sua estrutura até a sua equipe. Avaliam seus números os seus sistemas, enfim, eles acabam nos ajudando a aprofundar mais nas ações e no dia a dia.
Vocês já exportam. Acha que haverá alguma mudança nesse processo a partir de agora?
Sim, claro! Nós exportamos para Argentina, Uruguai, Panamá e Arábia Saudita, mas nunca tivemos muita continuidade. É isso que estamos buscando com todo esse preparo do ICV Global e PEIEX.
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