#BeInnovative: Tratamento homeopático para grandes rebanhos é a aposta da Sigo
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Estresse, mudança de comportamento e humor são problemas que também afligem os animais. E, como no caso dos humanos, esses distúrbios podem ser tratados de diversas maneiras, inclusive por vias alternativas, como, por exemplo, a homeopatia. E foi esse caminho que a veterinária Mônica Souza decidiu seguir quando abriu sua clínica veterinária, a Sigo Pet, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Mal sabia ela que estava iniciando um trabalho que levaria sua empresa a ser conhecida como uma das mais inovadoras do ramo.
Investindo desde o início no diferencial científico da empresa, Mônica e seu marido e sócio, Marco Cucco, desenvolveram produtos sem antibióticos e remédios convencionais para atender os seus clientes. Com os resultados positivos, rapidamente conseguiram prestígio no mercado pet. Mas foi quando passaram a aplicar suas fórmulas em grandes criações de gado que as oportunidades surgiram de verdade.
Hoje a Sigo produz linhas de produtos para cuidados envolvendo 5 milhões de animais por mês no campo. Os tratamentos desenvolvidos pela empresa são livres de substâncias químicas, evitando o acúmulo de substâncias tóxicas em derivados como o leite e a carne – estudos mostram que bezerros submetidos a tratamento preventivo de homeopatia contra diarreia têm 23 quilos a mais de peso ao desmamar.
Com o mercado nacional garantido, a Sigo já está de olho em novas fronteiras. Tanto que foi uma das empresas selecionadas pelo segundo ciclo do projeto ICV Global, parceria entre a Apex-Brasil e o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e que tem como meta fomentar a internacionalização de micro e pequenas empresas que se diferenciam por seus atributos de inovação e sustentabilidade.
O Blog da Apex-Brasil aproveitou um evento do ICV para conversar com Mônica sobre a sua empresa, cuja trajetória se encaixa perfeitamente na campanha Be Brasil ao promover globalmente um Brasil inovador, competitivo e sustentável no mundo dos negócios. Confira!
Como surgiu a ideia de criar uma empresa como a Sigo?
Eu e meu marido, que também é veterinário, fazíamos usos de produtos homeopáticos em nossa clínica pet. Nós mesmos produzíamos o material para atender nossos clientes. Certo dia, recebemos uma demanda para combater uma infestação de carrapatos em uma fazenda. Fizemos um teste com os produtos que usávamos em animais de estimação em um pequeno grupo de mil cabeças de gado e deu certo. Aí o dono da fazenda, que tinha 26 mil cabeças, disse que queria comprar o produto para toda a fazenda.
Então você começou com o atendimento de um cliente?
Sim. Foi a partir dessa fazenda que passamos a preparar outros produtos. Iniciamos com o controlador de carrapato, que foi o primeiro que a gente fez, e passamos a fazer também o controlador de sodomia, que combate o desvio de comportamento do rebanho e que é o nosso segundo produto mais vendido. Também temos produtos de controle de mastite, com vacas leiteiras, e passamos a tratar dos ovinos, enfim. A fazendo serviu para vários testes.
E a linha pet?
A linha pet eu já usava na minha clínica bem antes, quando eu fazia curso de homeopatia. Na verdade, fiz homeopatia para cuidar dos animais de estimação. Esses produtos que vieram depois foram concebidos lá atrás, quando eu tinha a clínica. Quando chegava um cachorro com virose, sinomose ou problema comportamental eu fazia um protocolo. Esses protocolos acabaram virando os produtos da Sigo.
E em que o ICV Global ajudou na empresa?
Esse programa abriu meus olhos para uma série de coisas do funcionamento da empresa, porque o ICV é pensado para a exportação, mas quando vamos fazer os ajustes para exportar acabamos tendo que rever todo o processo da empresa. Organização, analises canvas, administrativo da empresa, etc.
E para exportação?
O ICV me mostrou o caminho para fazer a exportação. Porque nós já tínhamos tentado antes, mas éramos muito crus. Não sabíamos de contrato, não sabíamos fazer controle de marcas, segurança de marca, todas as modalidades de exportação não conhecíamos. Achávamos que havia apenas uma via e hoje sabemos que existem várias.
E o que muda na empresa a partir do ICV?
Muita coisa. Foi um aprendizado para mim, para minha empresa, para nossa relação com os clientes no Brasil. É um processo que exige dedicação e, entre muitos ajustes, estamos pensando em abrir um setor só para exportação dentro da empresa.
Quais os países que demonstraram mais interesse nos produtos da Sigo no segundo ciclo do ICV?
A Suíça demonstrou interesse nos produtos pets e a Lituânia para uma linha voltada para ovinos. Já a Nigéria, cujo ministro da Agricultura esteve conosco, mostrou atenção especial para produtos de pecuária.
E o futuro agora?
Bem, nossa estratégia é participar mais das feiras, de rodadas de negócios, fazer prospecção de mercado, que é o que nós vamos fazer na Suíça, e entender onde está a dor consumidor que quer o nosso produto e aí vamos atrás. Porque o Brasil é muito rico, mas a comunidade europeia dá uma atenção especial aos produtos sustentáveis. No Brasil o produto e vendido pelo preço, lá fora pela qualidade e é isso que a Sigo tem a oferecer.
Saiba mais sobre a Sigo: http://www.sigopet.com.br/
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