Christiano Braga: “o Brasil tem a melhor tecnologia de produção de carne em clima tropical do mundo”


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Christiano Braga: “o Brasil tem a melhor tecnologia de produção de carne em clima tropical do mundo”

Em parceria com associações e entidades setoriais, a Apex-Brasil desenvolve vários projetos que buscam promover a indústria brasileira no mercado internacional. São os chamados Projetos Setoriais. O Brazilian Cattle é uma destas iniciativas, resultado da parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu e que busca levar a diversos países um pacote com produtos e tecnologias relacionadas à pecuária brasileira.

O Gerente de Exportações da Apex-Brasil, Christiano Lima Braga, trocou uma palavrinha com o Blog para nos explicar um pouco de como que esse setor vem ganhando espaço no mercado internacional.

Como você avalia o desempenho da pecuária brasileira, em especial da pecuária zebuína, no mercado internacional? 
Christiano Lima Braga – Atualmente, o Brasil tem a melhor tecnologia de produção de carne em clima tropical do mundo. Detemos tecnologia avançada capaz de melhorar pastagens, além de técnicas de manejo apropriadas e de integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que diminuem custos de produção, além de preservar o meio-ambiente, proporcionando uma produção sustentável. O resultado é possível de ser visto nas exportações de carne, na qual o Brasil é líder mundial, no rebanho brasileiro, com 200 milhões de cabeças, sendo 80% delas de zebuínos, e até na exportação de tecnologia, na qual temos as melhores técnicas genéticas do mundo.

Nos últimos três anos, o projeto Brazilian Cattle dobrou o número de associados. Em sua avaliação, o que ocasionou esse aumento?
Christiano Lima Braga – 
Certamente as ações da Apex-Brasil e da Associação Brasileira de Criadores de Zebus têm mostrado as vantagens deste projeto. A Agência promoveu ações internacionais do setor em mais de 20 países, inclusive no Brasil, fortalecendo a imagem da pecuária brasileira e promovendo os produtos que integram a cadeia de todo o segmento. Temos estudos de prospecção de mercado e inúmeras atividades que ajudam o empresário pecuarista a ampliar seus negócios internacionais. Também temos procurado facilitar a inscrição dessas novas empresas no projeto, com a simplificação do processo de adesões.

O que o projeto oferece a empresas e produtores associados?
Christiano Lima Braga – 
O Projeto oferece acesso a informações comercias exclusivas, a eventos internacionais de grande interesse, com apoio e suporte de técnicos competentes e especializados, e a clientes internacionais que buscam informações sobre empresas brasileiras. Importante destacar que a Apex-Brasil apoia empresas de praticamente todos os setores da economia brasileira que possuam algum grau de manufatura ou valor agregado. Em 2015, apoiamos mais de 12.000 empresas cujos resultados de vendas internacionais superaram àquelas que não estavam no escopo dos projetos da Agência.

Quais setores que têm representantes no Brazilian Cattle apresentam maior procura, tanto de participantes quanto de compradores?
Christiano Lima Braga – 
O mercado externo é muito dinâmico. Em apenas um ano, um determinado segmento pode crescer muito. Um exemplo claro é o de animais vivos de raça pura para reprodução: em 2014, cresceu mais de 500% e depois se estabilizou. Atualmente, os setores de medicamentos e de vacinas também têm crescido, mas eu destaco também pastagem, rações, equipamentos para cercas, currais e de manejo de gado. Essas áreas são muito procuradas justamente por esse reconhecimento da tecnologia brasileira de pecuária tropical.  

E o que você imagina para o futuro da Brazilian Cattle?
Christiano Lima Braga – Para o futuro, o projeto foca no trabalhado junto às autoridades brasileiras e internacionais para destravar os acordos de cooperação sanitária e, assim, aumentar os mercados para os produtos brasileiros de material genético. Ao mesmo tempo, o projeto Brazilian Cattle tem procurado incentivar outras vertentes a aproveitarem o conhecimento da tecnologia brasileira para aumentarem suas exportações.