Efeitos econômicos globais



Efeitos econômicos globais

Análise concluída em 19 de março de 2020

Mundo

  • A Fitch Solutions projeta uma recessão técnica global para o segundo e terceiro trimestres de 2020, com a retomada da economia ocorrendo apenas a partir de outubro.
  • Para o ano, a Fitch Solutions antecipa um crescimento de 1,3%, redução de 1 ponto percentual em relação à estimativa anterior.

China

  • O investimento em manufaturas na China caiu 31,5% no primeiro bimestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China.
  • As exportações chinesas caíram 17,2% durante janeiro-fevereiro/2020, a maior contração bimestral desde 2016, conforme a Administração-Geral de Aduanas da China. A propagação da COVID-19 para as demais regiões do globo deve diminuir ainda mais a demanda por bens chineses.
  • As importações chinesas caíram apenas 4% no primeiro bimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC).
  • O FMI reduziu a projeção de crescimento chinês de 6% para 5,6%, a Fitch Solutions de de 5,2% para 3,7%, a Economist Intelligence Unit de 5,4% para 4,5% e a OCDE de 5,7% para 4,9%.

EUA

  • A Fitch revisou previsão original de crescimento de 1,6% para os Estados Unidos em 2020, para um crescimento mais tímido de 0,9%.
  • O Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, reduziu os juros para dentro de uma banda entre 0% e 0,25%, com juros reais negativos, ou seja, inferiores à inflação.
  • O FED anunciou a recompra de US$ 700 bilhões em títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas, injetando, dessa forma, mais liquidez ao mercado financeiro.
  • O presidente Donald Trump defende que o Congresso aprove um pacote de US$ 850 bilhões que consiste, basicamente, em medidas de alívio às pequenas empresas e companhias aéreas e em ajudas diretas aos cidadãos.

Reino Unido

  • A OCDE projeta um crescimento do PIB do Reino Unido de apenas 0,6%, o que seria a menor taxa anual de crescimento para o país desde 1992, excetuando-se o biênio 2008-09, no auge da crise financeira.
  • Nem mesmo a economia britânica está conseguindo escapar da fuga de capitais, com a libra esterlina atingindo US$ 1,175, seu menor valor desde 1985.
  • O Banco da Inglaterra reduziu as taxas de juros para 0,1%, um recorde histórico.
  • O Reino Unido recentemente divulgou um plano de empréstimos equivalente a US$ 424 bilhões, como forma de garantir a liquidez no sistema bancário.

Zona do Euro

  • A economia da Zona do Euro deve sofrer um forte impacto nesse ano, com a Fitch Solutions já revisando suas projeções para o ano e prevendo uma recessão, com queda de PIB de 0,2%.
  • O que antes era um choque de oferta, quando a epidemia estava confinada à Ásia, agora tornou-se um choque de demanda, com governos nacionais impondo severas restrições ao movimento de pessoas.
  • Numa reedição do quantitative easing, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou o Pandemic Emergency Purchase Programme (PEPP), um programa de compras, por parte do BCE, de títulos privados e governamentais da Zona do Euro.
  • Christine Lagarde, presidente do BCE, instou os líderes das economias europeias a lançarem programas domésticos próprios de estímulo fiscal e monetário.
  • Para tentar conter a progressão da COVID-19, a União Europeia fechou suas fronteiras externas.
  • 19 países da União Europeia aumentaram o controle de suas fronteiras, com alguns, como a Polônia, optando por fechar suas fronteiras para não cidadãos, permitindo apenas a entrada de mercadorias.
  • A Comissão Europeia lançou a Iniciativa de investimento para a resposta ao Coronavírus, no valor de US$ 41 bilhões, que permite aos seus membros elevarem os gastos em saúde pública.