Resposta global à crise da COVID-19



Resposta global à crise da COVID-19

De acordo com a mídia, países adotaram as seguintes medidas para combater os efeitos da COVID-19:

Ásia

China

  • Restrições de deslocamento à população: extensão do feriado do Ano Novo lunar (no início da crise), suspensão de viagens, quarentena, fechamento de locais turísticos e wet markets;
  • Proibição do consumo de animais selvagens para alimentação;
  • Instalação de clínicas destinadas ao diagnóstico do novo vírus e de centros de recuperação de doentes;
  • Utilização de novas tecnologias, como big data e inteligência artificial (IA), para reforçar o rastreamento de contatos e a gestão de populações prioritárias;
  • Medidas para relançar a atividade econômica do país, sobretudo a partir do dia 8 de fevereiro, quando o governo emitiu Aviso de Retomada da Produção Nacional: reabertura de fazendas e plantas industriais; simplificação de processos de aquisição de insumos e produtos alimentícios; medidas de apoio financeiro e empresarial a fazendeiros; e prestação de serviços médicos e de assistência social a trabalhadores que retornam às atividades produtivas.

Coreia do Sul

  • O instrumento mais importante utilizado pelo país foi o sistema de testes: a Coreia do Sul tem realizado muito mais testes per capita do que qualquer outro país – foram criadas 53 estações de testes tipo drive-through, que viabilizam testes sem contato físico;
  • Restrição ao deslocamento de pessoas: cancelamento de grandes eventos, aconselhamento à restrição de visitas a Daegu, região que concentrou mais da metade dos casos reconhecidos;
  • Adiamento do novo período escolar;
  • Acolhimento de emergência a crianças sob guarda de cidadãos que têm de ir ao trabalho;
  • Encorajamento do teletrabalho e subsídios a empresas que oferecem regime de trabalho flexível a seus funcionários com novas responsabilidades domésticas;
  • Disponibilização pública de mapas com GPS que rastreiam movimentos de pessoas comprovadamente infectadas; e
  • Exame de passageiros que deixam o país.

Singapura

  • Restrições de viagem para pessoas vindas da China continental;
  • Grande campanha de informação ao público, que exortou até pessoas com sintomas leves a consultar um médico;
  • Regime de testes exaustivos a qualquer pessoa com sintomas semelhantes aos da gripe ou pneumonia;
  • Rastreamento de todos os possíveis contatos dos infectados, envolvendo polícia, histórico de voos e teste de anticorpos que circulam no corpo após o desaparecimento de infecção;
  • Governo cobriu despesas médicas de casos suspeitos ou confirmados, viabilizando testes sem encargos financeiros;
  • Subsídio de quarentena a trabalhadores autônomos;
  • Proibição aos empregadores de descontar os dias de isolamento das férias anuais.

América do Norte

EUA

  • Restrições ao deslocamento: fechamento de bares, restaurantes, escolas, fábricas e museus; proibição, por 30 dias, de voos originados nos 26 países europeus que integram o Espaço Schengen, a partir de 13 de março, e estendida para a Irlanda e para o Reino Unido em 16 de março;
  • Encorajamento do teletrabalho;
  • Flexibilização de prazos para pagamento de impostos, com permissão de adiamento sem multas ou taxas por até 90 dias – pessoas físicas poderão postergar o pagamento de até US$ 1 milhão ao fisco; e, empresas, de até US$ 10 milhões;
  • Pacote de US$ 100 bilhões que inclui licença médica paga, seguro-desemprego e outros benefícios para trabalhadores afetados pela pandemia;
  • Compra de dívida corporativa de curto prazo (Mecanismo de Financiamento de Papéis Comerciais) por parte do FED (mesmo instrumento utilizado para apoiar mercados de crédito em 2008).

Europa

  • Fechamento das fronteiras externas do bloco a todas as viagens não essenciais pelo prazo de 30 dias.

Itália

  • Fechamento do país: primeiramente, na região norte e, depois, todo o país.
  • Restrição ao deslocamento da população: fechamento de escolas, universidades e lojas, exceto supermercados e farmácias; fechamento de restaurantes e bares a clientes (autorização de entregas em domicílio); proibição de eventos esportivos e reuniões ao ar livre;
  • Medidas de suporte econômico anunciadas: pacote de resgate fiscal de até € 25 bilhões, provisão de € 1,2 bilhão para o sistema de saúde italiano e outros € 1,5 bilhão para sua agência de proteção civil, encarregada de organizar a resposta à crise, e auxílio do governo à companhia aérea Alitalia.

Espanha

  • Imposição de reclusão parcial à população.
  • Pacote de ajuda no valor de € 100 bilhões para garantias estatais relativas a empréstimos para empresas, especialmente pequenas e médias.
  • Moratória sobre o pagamento de hipotecas para pessoas cujos rendimentos foram atingidos pela crise, e moratória semelhante para contas de serviços públicos.
  • Promulgação de decreto que facilita que pessoas sejam temporariamente suspensas do trabalho, em vez de serem despedidas, com a retenção de todos os benefícios.
  • Suspensão de alguns pagamentos à previdência social e disponibilização de € 600 milhões para ajudar pessoas vulneráveis que dependem dos serviços sociais.

França

  • Isolamento domiciliar – pessoas só devem sair de casa em caso de extrema necessidade;
  • Fechamento de fronteiras – cidadãos devem levar formulário explicando os motivos da viagem e está prevista multa para os transgressores.