AGÊNCIA DESTACA SUSTENTABILIDADE EM EVENTOS INTERNACIONAIS



AGÊNCIA DESTACA SUSTENTABILIDADE EM EVENTOS INTERNACIONAIS

 

Considerada um diferencial competitivo por empresas de todos os portes que buscam o mercado internacional, a sustentabilidade ganha ainda mais visibilidade por ocasião dos grandes eventos internacionais, como Olimpíadas ou torneios esportivos, a exemplo do Rio Open 2016 que começou hoje (15/02) no Rio de Janeiro. Com o objetivo de fomentar a discussão e sensibilizar empresas, empreendedores e sociedade em relação ao tema, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces), promoveu o Summit “Os Grandes Eventos no Alvo da Sustentabilidade”.

O seminário é uma das ações que a Apex-Brasil, patrocinadora do torneio de tênis Rio Open 2016, organiza durante o evento que termina no próximo domingo, dia 16. Após o debate, os participantes visitaram o espaço de hospitality da Apex-Brasil na Sede Social do Jockey Club, onde acontece o torneio, e assistiram a alguns dos jogos.

“Eventos como o Rio Open são importantes para atrair pessoas que não viriam ao país, mas aceitam o nosso convite e, dessa forma, conseguimos, antes e depois dos jogos, realizar encontros de negócios entre compradores internacionais e empresários brasileiros. Estamos promovendo nossos  produtos. Além disso, o esporte ajuda nos negócios pela imagem que tem de credibilidade, transparência, e de modernidade", observa David Barioni Neto, presidente da Apex-Brasil.

Segundo Barioni, grandes eventos são uma ótima oportunidade para comunicar e disseminar os temas de sustentabilidade. A indústria de eventos gera um volume de negócios extremamente significativo, movimenta uma massa de atividades e lida com fornecedores dos mais diversos tipos. "A partir dessas discussões, pretendemos contribuir para estimular a contratação de produtos e serviços sustentáveis e o desenvolvimento de novas soluções”, acrescenta.

Tania Braga, gerente geral de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado do Rio 2016 do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, explicou em sua palestra que para o evento, o segundo maior do mundo, perdendo apenas para a Copa do Mundo, havia 30 milhões de itens listados como necessários. O primeiro exercício feito foi racionalizar o que, de fato, seria necessário. Depois, o que poderia ser alugado. Passaram, então, para o que poderia ser reaproveitados, e assim por diante. Um mapeamento completo foi feito, gerando redução de custos e menor impacto ambiental. Também houve a decisão de adquirir produtos certificados.

Entre os palestrantes do seminário estava Paulo Branco, vice-coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces) que defendeu a sustentabilidade como fator de geração de negócios.

Durante o seminário houve uma roda de conversas envolvendo um grupo de quatro empresas que se diferenciam por seus atributos de sustentabilidade e pelos impactos ambientais e sociais positivos que promovem. Participaram: Rede Asta – negócio social que leva a consumidores em todo o Brasil produtos de design feitos por grupos produtivos de regiões de baixa renda;  Feitiços Aromáticos – detentora das marcas Brasil Aromáticos e Feitiços Aromáticos, a empresa trabalha por práticas economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente corretas e é certificada pelo Sistema B, certificação internacional concedida a empresas que criam produtos ou serviços voltados a resolver problemas socioambientais.; Courrieros – empresa de entrega de documentos e pequenos pacotes que utiliza apenas bicicletas. Também é certificada pelo Sistema B e atua no Rio de Janeiro e em São Paulo. Uma quarta empresa é a The Products Brasil – negócio social que colabora para a inclusão das crianças com deficiência física por meio de inovadores produtos de design universal e tecnologias assistivas.

O Summit apresentou o projeto Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor – ICV Global, parceria da Apex-Brasil com o GVces, cujo objetivo é fomentar a internacionalização de micros, pequenas e médias empresas que se diferenciam por seus atributos de inovação e sustentabilidade. Na primeira edição, realizada em 2015, 58 empresas se inscreveram no edital de seleção e 10 foram selecionadas para participar de oficinas mensais de capacitação.  Nessas oficinas, elas aprenderam a aprimorar os atributos de sustentabilidade de seus produtos, serviços, comportamento empresarial e argumentos de venda. O projeto também incluiu rodada de negócios com compradores internacionais e missão prospectiva de mercado aos EUA. A segunda edição está com as inscrições abertas e atenderá a 30 empresas, sendo 10 do Nordeste.

Negócios no Rio Open

A Apex-Brasil trará ao Rio de Janeiro mais de 60 compradores, investidores e formadores de opinião estrangeiros entre os dias 18 e 21 de fevereiro, durante os jogos do Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul. A ação é realizada em parceria com 30 empresas exportadoras e entidades setoriais brasileiras. Cada uma se responsabilizará pela vinda de dois potenciais clientes, que cumprirão agendas de negócios e assistirão aos jogos do torneio de tênis.

A Apex-Brasil também organiza, nos dias 16/2 e 17/2, respectivamente, os seminários “Investimentos: Private Equity in Brazil”, Born Global: Lições dos jovens empreendedores para vencer no mercado internacional ambos no restaurante Rubaiyat. Os encontros têm o objetivo de debater temas fundamentais que estimulem a economia brasileira tanto no campo das exportações quanto de investimentos estrangeiros diretos.