ALIMENTOS E BEBIDAS GOURMET BRASILEIRAS NA SUMMER FANCY FOOD



ALIMENTOS E BEBIDAS GOURMET BRASILEIRAS NA SUMMER FANCY FOOD

A maior feira de alimentos e bebidas gourmet dos EUA, a Summer Fancy Food, realizada em Nova York de 25 a 27 de junho, foi palco de excelente desempenho por parte das empresas brasileiras, que voltam para o Brasil com boas expectativas de inserção ou ampliação da presença no concorrido mercado norte-americano. Foram US$ 14,374 milhões em negócios gerados imediatamente e para os próximos doze meses no Pavilhão do Brasil, organizado pela Apex-Brasil, com apoio do consulado do Brasil em Nova York.

As empresas do pavilhão brasileiro apresentaram produtos inovadores e adequados às tendências mais recentes do setor, como as de gluten-free, dairy-free, sugar-free, produtos feitos à base de plantas ou vegetais, sabores étnicos e exóticos, produtos prontos e saudáveis para consumo rápido (snacks) entre outras demandas do mercado.

O mercado de alimentos e bebidas especiais ou gourmet dos EUA movimentou US$ 127 bilhões em 2016, um crescimento de 15% nos últimos dois anos. Há enormes oportunidades em diversos segmentos. Estudo feito pelo escritório da América do Norte da Apex-Brasil apontou, por exemplo, que água de coco é um produto com grande potencial de crescimento no mercado, já que se encaixa na categoria de bebidas funcionais e vitaminas, que cresceu 15% em 2016. Cafés especiais também estão em um ótimo momento: houve um crescimento de 30% o consumo do setor nos EUA nos últimos cinco anos.

“Esta foi a primeira vez que a Apex-Brasil organizou esta feira, que tem grande relevância para este segmento de mercado. Os resultados superaram nossa projeção inicial e nossa intenção é continuar com este trabalho nos próximos anos”, afirmou Fernando Spohr, gerente de Operações do escritório da América do Norte da Apex-Brasil.

Bons resultados em vários setores

Nô Lopes, proprietário da marca de massa de tapioca Wrapioca, vestiu durante a feira uma camiseta com o slogan “Wrapioca is the new bread" , em português "Wrapioca é o novo pão”. Os estrangeiros que passaram por seu estande se impressionaram com a facilidade de preparo da tapioca partir da massa já hidratada vendida pela empresa. “É um produto sem glúten, com apenas dois ingredientes – a farinha de tapioca e água – que contém fibras, é saboroso e fácil de fazer. Tivemos bons contatos com países como Austrália, Bulgária, Nova Zelândia e França e estamos com boas expectativas de negócios”, comenta.

Já a 3 Minutos Massas veio para a feira com a marca Snacklicious e focou sua estratégia nos snacks de churros, que vêm congelados e ficam prontos após cinco minutos no forno ou na fritadeira. “Conversamos durante a feira com compradores como HEB, Costco e Sam’s Club, e tivemos uma boa receptividade. Nosso produto atende bem ao público que quer ter algo gostoso e rápido para servir quando recebe amigos em casa, é delicioso e prático”, afirma Fellipe Guerra, representante da empresa.

A Peg Açaí trouxe para a feira todo o seu portfólio de açaís prontos para consumo, com frutas adicionadas e em vários tamanhos. “Nos surpreendemos aqui na feira com a demanda por parcerias para desenvolvimento de novos produtos. Recebemos nove propostas neste sentido. Acredito que açaí é algo novo e muitas empresas preferem pegar o produto já com nossa qualidade e tecnologia, ao invés de trabalhar diretamente com a fruta. Uma delas, por exemplo, é a maior fabricante de maple syrup do Canadá, que quer fazer uma versão do seu produto com sabor de açaí”, conta Evandro Macedo, diretor de marketing da empresa.

Para a Natural One, empresa que oferece uma variedade de sucos feitos a partir de frutas e vegetais frescos e minimamente processados, a feira foi uma oportunidade de apresentar seus produtos para tomadores de decisão, formadores de opinião e, até, concorrentes: “muitos empresários do setor que vieram ver nosso produto comentaram que se impressionaram com o alto nível de tecnologia a que chegamos. Participar de eventos como este é uma oportunidade de ter contato com quem decide sobre negócios e receber feedbacks importantes”, comenta Valdenir Soares, representante da empresa.

“Fizemos alguns contatos importantes, tanto com clientes que ainda não conheciam a pimenta rosa como com alguns que conheciam o nosso produto, mas não sabiam que era possível comprar diretamente de nós. Apresentamos como vantagens o fato de sermos uma empresa verticalizada, ou seja, atuamos com a plantação, processamento e exportação e isso garante rastreabilidade, qualidade e segurança alimentar, o que é muito importante aqui nos EUA”, relata Regina Leal, da Agro Rosa.

Foto: Michael Priest Photography