APEX-BRASIL E ABRAFRUTAS RENOVAM PARCERIA PARA FORTALECER EXPORTAÇÕES



APEX-BRASIL E ABRAFRUTAS RENOVAM PARCERIA PARA FORTALECER EXPORTAÇÕES

Brasil é o terceiro maior produtor de frutas frescas do mundo, mas apenas o 15º exportador mundial. Intenção é posicionar o país como grande fornecedor internacional

O consumo mundial de frutas está em crescimento. Eram 412 milhões de toneladas em 2011, cifra que chegou a 506 milhões de toneladas em 2017 e que tem previsão de superar 595 milhões de toneladas em 2021: um potencial de crescimento superior a 20%. A aposta da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) é que o Brasil tem capacidade para aproveitar boa parte desse crescimento potencial expandindo suas exportações. Para concretizar esse objetivo, Apex-Brasil e Abrafrutas renovam hoje o projeto setorial que busca promover o setor no exterior.

Entre 2015 e 2016, enquanto as exportações nacionais caíram 5,6%, de US$ 643 milhões para US$ 607 milhões, as exportações apoiadas pelo projeto cresceram 4,7%, de US$ 358 mi para US$ 375 mi. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, atrás de China e Índia, mas, entre os exportadores, é apenas o 15º. “Não é concebível que se mantenha um volume de exportação praticamente inalterado desde 2012, na casa dos US$ 600 milhões, com venda ao exterior de apenas 2% das frutas produzidas, ou o equivalente a cerce de 880 mil toneladas em um total de quase 44 milhões de toneladas produzidas pelo Brasil em 2016”, destaca o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe.

Diretor-executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão destaca que desde a criação da Abrafrutas, há pouco mais de quatro anos, a intenção já era alavancar as exportações do setor. “Nossas exportações sempre estiveram na casa de 2% do que produzimos e sabemos que temos não apenas produtividade, como qualidade para acessar o mercado internacional. E nossa meta e ambiciosa, mas alcançável: queremos chegar no patamar de US$ 1 bilhão exportados até o final desse convênio, em 2019”, destaca Brandão.

ESTRATÉGIA

A nova etapa do projeto setorial já conta com 71 empresas participantes, o que totaliza 57,6% das empresas exportadoras do Brasil, com representatividade de 83,6% das exportações nacionais. Para atrair mais empresas para a iniciativa e alavancar ainda mais a participação brasileira no comércio internacional do setor serão realizadas nove missões comerciais ou prospectivas; duas participações na Fruitlogistica, principal evento internacional do setor, que acontece na Alemanha; ações de capacitação para exportação e de defesa de interesses; e será realizado um estudo de inteligência comercial focado no mercado asiático.

Os mercados-alvo prioritários são: Alemanha – maior importador da UE; Espanha – potencial importador de frutas secas, congeladas e sucos; Inglaterra – grande importador de frutas em geral; França – mercado com potencial para produtos gourmet; Rússia – baixa diversidade de frutas locais, alto poder de compra e consumo; e Hong Kong – por ser um hub asiático (ponto de entrada e distribuição). “O Brasil deve ser entendido como um fornecedor absolutamente diferenciado, com alta capacidade de atendimento, graças à diversidade de solo e de clima que possui. Tais atributos devem ser assiduamente trabalhados junto aos distribuidores e às redes de varejo”, reforça o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe.

Brandão acrescenta que a parceria com a Apex-Brasil já trouxe resultados em relação à percepção do Brasil no mercado internacional. “Depois que iniciamos a parceria percebemos a boa recepção internacional porque, juntos, fizemos um trabalho focado no consumidor estrangeiro. Além das exportadoras de frutas, temos muitos elos da cadeia que fazem parte do processo, como empresas de logística, por exemplo. Estamos trabalhando em diversas frentes, como abertura de mercado e defesa de interesses, para alcançar os objetivos da parceria”, explica o diretor-executivo. Estiveram presentes à cerimônia de assinatura o Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Carlos Martins; e o Presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos.