APEX-BRASIL PARTICIPA DO FÓRUM ESTADÃO DE EXPORTAÇÃO



APEX-BRASIL PARTICIPA DO FÓRUM ESTADÃO DE EXPORTAÇÃO

 

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni Neto, participou hoje (10/12) do Fórum Estadão sobre Exportação, que foi aberto pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, em São Paulo. A Apex-Brasil foi patrocinadora do evento, que reuniu especialistas para debater o cenário do comércio global atual, a promoção comercial brasileira e a questão de facilitação do comércio internacional.

 

Barioni participou de painel sobre Promoção Comercial, ao lado dos empresários Renato Bitter, da Savyon, e Sonia Hess, do LIDE Mulher. O painel foi moderado pelo jornalista Daniel Fernandes, do Estadão. Em sua fala, o presidente da Agência ressaltou que há ainda muito espaço para aumentar as exportações brasileiras, uma vez que um grande número de empresas ainda não se voltou para o comércio exterior. “Sabemos que as empresas de pequeno e médio portes, muitas vezes, não têm condições financeiras ou mesmo um conhecimento especializado para atuar no comércio exterior. É por isso que a Apex-Brasil trabalha fortemente com a capacitação e qualificação empresarial”, afirmou.

 

Segundo o presidente, uma das prioridades nos próximos quatro anos é conseguir que um maior número de empresas brasileiras exporte, contando com o apoio da Apex-Brasil. Este ano, 12.212 foram apoiadas pela Agência, um número 14,8% superior ao do ano anterior. “As exportações das empresas que apoiamos já correspondem a 37% do total que o Brasil vende, mas queremos que este número cresça consistentemente nos próximos anos”, explicou.

 

Renato Bitter, da fabricante de produtos têxteis Savyon, ressaltou a importância da participação em eventos de promoção comercial. “Para aumentarmos nossas exportações, foi fundamental a participação constante nas feiras internacionais, mesmo em momentos de dólar desfavorável”, afirmou. Já Sônia Hess, do LIDE Mulher, destacou a ação da Dudalina, empresa que ela presidiu até o começo deste ano, de abrir lojas no exterior. “Desde o início, tivemos o apoio da Apex-Brasil, o que foi fundamental. Estamos agora com uma meta ambiciosa para abertura de novas lojas no exterior”, afirmou.

 

Comércio Global

 

No painel sobre Comércio Global, o debate girou em torno da necessidade de inserção do Brasil em cadeias globais de valor. O patamar favorável do câmbio para as exportações foi citado pelo ministro Armando Monteiro, que destacou ainda a necessidade de se avançar em temas como logística e estrutura tarifária para incentivar o movimento exportador brasileiro. Monteiro ressaltou que as exportações brasileiras representam 10% do PIB nacional, índice baixo quando comparado aos padrões internacionais.

 

O ministro falou ainda sobre a necessidade de o setor privado respaldar o movimento, conduzido pelo Governo Federal, de ampliar a participação brasileira na rede de acordos internacionais e acordos comerciais. "É imprescindível que o setor privado assuma uma postura pró abertura comercial. Entendemos que quem não estiver integrado a essas redes terá sua sobrevivência ameaçada", disse.

 

O secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, em sua fala, destacou que as cadeias globais de valor são uma realidade inexorável. "Dentro dessa lógica econômica, o Brasil terá que se inserir nessas cadeias e teremos que avançar em acordos com maior abrangência temática", disse.

 

Godinho explicou que os acordos têm evoluído para inserir temas para além dos bens. "É cada vez mais comum o interesse em se negociar acordos que englobem, por exemplo, o comércio de serviços", disse. O secretário citou os serviços bancário, postal, de TI, arquitetura, engenharia e jurídico como os principais setores para essas discussões.

 

Facilitação de Comércio

 

No último painel do evento, Ana Junqueira Pessoa, do Departamento de Competitividade no Comércio Exterior, do MDIC, destacou a importância do tema de facilitação do comércio e afirmou que o Governo quer reduzir em 40% os prazos para liberação de exportações, que passariam dos atuais 13 dias para 8 dias, compatíveis à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).  Além disso, em 2016, o portal único do Comércio Exterior facilitará a vida do empresário no que se refere ao envio de informações para os órgãos relacionados ao comércio exterior e 95% dos documentos passarão a ser eletrônicos.