APEX-BRASIL REÚNE PRINCIPAIS ATORES DA CULTURA EXPORTADORA
O mercado global tem muitas oportunidades para os produtos brasileiros. Mas para se tornar fornecedor de consumidores em outros países é preciso trilhar um caminho de excelência na produção e estar apto a batalhar por espaço com empresas altamente competitivas em nível internacional.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) reúne em sua sede, nesta terça e quarta-feira (7 e 8/2), parceiros que fomentam a cultura exportadora com objetivo de integrar e somar esforços para aumentar as vendas internacionais das empresas brasileiras.
O encontro reúne coordenadores dos 33 núcleos do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) da Agência e representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços (MDIC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Sebrae Nacional, além do presidente da Apex-Brasil, embaixador Roberto Jaguaribe, e gerentes das áreas de negócios.
A ideia é que os coordenadores de diversos locais do Brasil, que fazem a capacitação das empresas com potencial exportador, conheçam todas as ferramentas disponíveis aos empresários e qual o escopo de trabalho de cada um dos parceiros nessa jornada.
Na abertura do evento, o presidente Jaguaribe ressaltou a importância da capacitação das empresas para o aumento de competitividade do Brasil no cenário econômico internacional. “O esforço de exportação começa na produção. É preciso fomentar a cultura exportadora e ajudar as empresas a adequar seus produtos para o mercado externo. O mercado brasileiro é enorme e isso reflete em grande escala de produção de nossa indústria, mas temos que lembrar que o mundo hoje está globalizado e há muito espaço para os nossos produtos lá fora”, declarou.
Para o ministro Orlando Leite, do MRE, o alinhamento entre as diversas instituições é fundamental para os empresários brasileiros. “Há muitas ferramentas à disposição dos empreendedores que querem acessar novos mercados. É preciso entender o papel de cada uma delas e como acessá-las. Encontros como este nos dão esta oportunidade”, afirmou.
O representante do MAPA, Eduardo Sampaio, também apresentou as diversas formas de apoio à exportação disponíveis no ministério e aproveitou a oportunidade para explicar um pouco mais sobre o Programa de Acesso a Mercados (PAM-Agro), que será lançado em breve, e reúne diversos atores do agronegócio, incluindo a Apex-Brasil, o Itamaraty e entidades representativas do setor da iniciativa privada. “O Brasil se destaca hoje como grande fornecedor de commodities agrícolas, mas precisamos fazer um trabalho de imagem do agronegócio brasileiro no exterior para ampliar nossa exportação de produtos com mais valor agregado”, explicou Sampaio.
O Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) foi o tema da explanação do representante do MDIC, Herlon Brandão, que ressaltou o trabalho do ministério com os empresários brasileiros nos estados. “É preciso um esforço de todos os parceiros para aumentar o número de empresas exportadoras. O PNCE vem somar esforços às inciativas que já estão em curso nas diferentes unidades da federação”, disse.
A diretora técnica do Sebrae Nacional, Heloísa Menezes, apresentou a realidade exportadora das micro e pequenas empresas – que representam 1% das vendas internacionais – e destacou iniciativas que são fruto do atual acordo de cooperação da Apex-Brasil e do Sebrae Nacional. “Já avançamos muito na aproximação das duas instituições, mas ainda temos muito caminho a percorrer. Temos bons resultados em diversos projetos, como artesanato e componentes para couro e calçados, por exemplo. Mas é preciso que os agentes que estão em contato diretamente com os empresários conheçam mais sobre o que faz cada instituição e este é o momento para isso”, disse. “As pequenas empresas não terão escala para mudar a realidade das exportações brasileiras, mas podem ser excelentes vitrines do que o Brasil tem a oferecer”, completou.
O PEIEX está presente hoje em 16 estados brasileiros e conta com 180 técnicos extensionistas. Nos últimos seis anos, 16 mil empresas concluíram o programa, que, de forma customizada, incrementa a competitividade e promove a cultura exportadora, qualificando e ampliando os mercados para as indústrias iniciantes em comércio exterior.