COMPONENTS BY BRASIL TEVE SALDO POSITIVO EM BOGOTÁ

Uma ação conjunta e de repercussão no mercado. Foi assim a participação das empresas participantes do Projeto Footwear Components by Brasil (FCBB), uma iniciativa da Assintecal com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e que participaram na ultima semana (3 a 6 de fevereiro) da Exhibición Internacional del Cuero e Insumos (EICI), uma das principais feiras internacionais do setor coureiro-calçadista da América Latina.

O Footwear Components by Brasil teve a participação de 28 empresas (lista abaixo). Ao todo foram geradas 934 rodadas de negócios com as empresas brasileiras, o que se traduz em 500 mil dólares em negócios imediatos, e 2,5 milhões de dólares esperados em negócios ao longo do ano, de acordo com as informações fornecidas pelas empresas participantes. Valores muito superiores comparados com a edição de 2014, quando as empresas contabilizaram geração de negócios de 1,8 milhão de dólares, o que representa um aumento de 72% entre 2014 e 2015.

Além das rodadas de negócios aconteceram apresentações sobre temas técnicos, das empresas FCC e Intexco, que participaram da Agenda Acadêmica oficial do evento. No estande do Start Line By Brasil, Incubadora de Design, três designers brasileiros buscavam a realização de negócios em serviços de design, com o objetivo final de fomentar a venda de insumos brasileiros.

As empresas que participaram da IFLS através do Projeto Footwear Components by Brasil (FCBB) são Açoreal, BIQ Bertoncini, Cipatex, Romana Química, Wolfstore, JotaClass, Matrizaria Polako e Saltos Schmitt, FCC, Lev Termoplásticos, Dublauto Gaúcha, Maxiplast, Plastiluzzi, R. Mello, Pollibox, WA Solados, Grupo Stickfran, Freudenberg, Prisma Montelur, Solalev, Compofran, Linhanyl, Meta Solados, Blaze Transfers, ITM, Intexco, Amazonas e Twiltex.

Mercado fortalecido

A participação do Brasil teve força redobrada através do Espaço Brasil Beyond, marca desenvolvida pela Apex-Brasil para comunicar a qualidade dos produtos e serviços brasileiros no exterior. Neste espaço de relacionamento quatro entidades setoriais brasileiras apresentaram seus projetos: Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Associação Brasileira da Indústria Calçadista (Abicalçados), Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq) e Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

“É muito importante a atuação conjunta de todas as entidades setoriais na apresentação da cadeia para o mercado internacional. Conseguimos mostrar a cadeia integrada em todo seu potencial”, comentou William Marcelo Nicolau, Presidente da Assintecal.

Ao longo do ano o projeto Footwear Components by Brasil prevê participação constante no mercado internacional, com participação em feiras setoriais e missões internacionais.

Oportunidade no mercado colombiano – exportações brasileiras de componentes para a Colômbia

A Colômbia é o 6º destino das exportações das empresas de componentes brasileiras. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC), só em 2014 as exportações para o país foram de US$ 30 milhões (3% do total exportado do Brasil). Para dar um exemplo da força de mercado para as empresas brasileiras, o segmento de saltos e solados geraram em 2014 mais de US$ 593 mil – aumento de 13% comparado com o ano anterior. Produtos Químicos para couro também se beneficiaram e tiveram um aumento de US$ 2 milhões (38% superior ao ano de 2013) e produtos químicos para calçados geraram mais US$ 981 mil – 15% superior no comparativo 2013-2014.

Um dos motivos para tanta performance comercial é o fato do Brasil possuir isenção de tarifas para oito SH’s (Sistema Harmonizado), em especial, acessórios, ferramentaria, metais, saltos e solados, sintético e produtos químicos para calçado. Isso devido ao Acordo de Complementação Econômica nº 59 (AAP.CE59), cujos países integrantes são Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, segundo a Market Access Map.

A Colômbia também adotou uma série de medidas para reduzir as importações desleais de calçados. Em especial para a China a queda foi de 43% (par), uma queda de 17% em dólares. Com medidas restritivas, os fabricantes de calçados colombianos foram incentivados a aumentar a produção local, o que significou oportunidades para os fornecedores de componentes para calçados brasileiro que pretendem abastecer o mercado colombiano.

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