ALIMENTAÇÃO: ESTUDO APONTA OITO MEGATENDÊNCIAS
A Euromonitor International lançou o relatório “Megatrend Analysis: Putting the Consumer at the Heart of Business”, indicando as oito megatendências que serão mais influentes até 2030. Essas megatendências, que compartilham impulsionadores em comum, possuem o poder de transformar categorias de produtos ao mesmo tempo em que fornecem crescimento sustentável e relevância para empresas que conseguem obter sucesso através dessas novas ideias.
“Disrupção é a palavra-chave para 2018 e as marcas verdadeiramente disruptivas conseguem aproveitar simultaneamente várias megatendências apontadas no relatório”, comenta Pınar Hoşafçı, head da pesquisa de alimentos da Euromonitor International. “As empresas donas dessas marcas são ágeis e responsivas às mudanças nos hábitos dos consumidores. Elas criam sua própria categoria de nicho, derrubam uma marca tradicional em uma categoria existente, adotam uma nova tecnologia ou atrapalham outras empresas por meio de uma nova estratégia de marketing ou canal”, comenta.
Veja como essas oito megatendências influenciam a indústria de alimentos.
Healthy Living: “De volta à natureza” e não ao açúcar
A indústria de alimentos continua a redirecionar seu foco do controle de peso para a nutrição e o bem-estar. O segmento está vendo um aumento no movimento “De volta à natureza”, caracterizado pelo consumo de “alimentos crus” e daqueles que não foram cozidos/processados ou aquecidos acima de 48ºC a fim de preservar a maioria das vitaminas e minerais dos ingredientes. Além disso, com o açúcar se tornando o novo vilão no debate sobre obesidade, os snacks saudáveis, as gorduras boas e os grãos voltaram à tona.
Premiunisation: Redefinindo Indulgência
A indulgência é e sempre será um fator importante na indústria de alimentos. No entanto, ela está mudando de forma uma vez que os consumidores desejam produtos diferentes para ocasiões diferentes e em diferentes regiões geográficas. A tendência “Redefinindo Indulgência” está sendo alterada por meio da seleção dos ingredientes utilizados e pela busca por saúde, sustentabilidade e sabor.
Ethical Living: Alimentos à base de plantas
Trazida pela “Geração X”, a tendência Ethical Living é a que está se propagando mais rapidamente na indústria alimentos, com 30% dos consumidores relatando que estão preferindo comprar localmente. Há uma nova ênfase nos alimentos à base de plantas, que utilizam proteínas vegetais e de insetos, que evitam resíduos, e com procedência local.
Experience More: Da compra à criação
A ênfase dos consumidores está mudando da posse de bens materiais para a experiência. Cases de sucesso dentro desse movimento são evidenciados pelas marcas Kellogg, que oferece cereais feitos sob medida para a marca Bear Naked, e a KitKat que se aproxima do cliente por meio da personalização das embalagens.
Shopping Reinvented: Modelos alternativos de negócios
Os canais de varejo moderno (supermercados e hipermercados) serão responsáveis por menos da metade do varejo de bens de consumo até 2021. Em alimentos, esses canais ainda são muito importantes. Contudo, principalmente nos mercados ocidentais, modelos de negócios alternativos, como serviços de assinatura e modelos híbridos on-line / off-line, estão mostrando um forte crescimento.
Shifting Market Frontiers: A migração global
Resultante da crescente emigração da população muçulmana para ao redor do mundo, esta tendência afeta principalmente os ingredientes e as refeições prontas. As tendências alimentares tendem a acompanhar a migração, portanto é esperado que já em 2018 haja um aumento de refeições na Europa Ocidental com inspirações do Médio Oriente. Alimentos que seguem a tradição Halal é outra área para se prestar atenção.
Middle Class Retreat: Qualidade acessível
Principalmente impactando as categorias básicas de alimentos, esta tendência está se tornando mais relevante nos mercados onde os lares estão encolhendo. O número de famílias monoparentais nos Estados Unidos dobrou nos últimos 20 anos. Enquanto isso, a desigualdade de riqueza está piorando, com grupos de baixa renda crescendo em todo o mundo à uma taxa muito mais rápida do que há uma década.
Connected Consumers: Tecnologia na indústria de alimentos
Tornando-se cada vez mais comum na Ásia, mas também em cidades metropolitanas como Nova York, Londres e Hong Kong, a tendência de uma proposta não relacionada a produtos está se manifestando através das redes sociais e canais de distribuição digitais.
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