BIENAL DO LIVRO DE SP SEDIA CONVERSA SOBRE O FUTURO DO LIVRO BRASILEIRO NO MUNDO
A 25a edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou na última sexta-feira (3) e vai até o dia 12 de agosto sediando uma série de debates para profissionais do setor no espaço Papo de Mercado. O evento é organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e recebe apoio do Brazilian Publishers, projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado pela câmara em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
No domingo, os autores Edyr Augusto e Guiomar de Grammont (Fórum das Letras) e os editores Miriam Gabbai (Callis Editora), Rodrigo Faria e Silva (Sesi/Senai-SP Editora), Lourdes Galiano (Mauricio de Sousa Produções) debateram os caminhos do “Livro brasileiro no mundo” com mediação do gerente de relações internacionais da CBL e gerente do Brazilian Publishers, Luiz Alvaro Salles de Aguiar Menezes.
Os profissionais destacaram os desafios e as oportunidades para posicionar o livro brasileiro nas estantes internacionais. Os presentes colocaram a resiliência e a estratégia como pontos-chaves neste processo. “A exportação é um trabalho contínuo e de longo prazo”, assegurou a representante da Callis Editora. “É preciso três coisas: persistência, paciência e vontade”, completou Guiomar.
Outro ponto destacado foi a importância de realizar testes para começar a compreender as necessidades do público de cada país. “Não é preciso adaptar o trabalho para vender, mas devemos olhar quais são os títulos do nosso catálogo que mais fazem sentido para cada mercado”, completou Miriam.
Segundo os profissionais, alguns gêneros são mais fáceis de serem testados, como os livros infantis e as novelas gráficas. “Temos trabalhado esses últimos em diversos países, a Colômbia é um deles. Também acreditamos que os nossos personagens possuem bastante identificação com diversos mercados, especialmente na América Latina”, explicou a representante da Mauricio de Sousa Produções. Rodrigo também destacou que há interesse internacional pelas temáticas típicas do Brasil. “Alguns países têm interesse por questões típicas do país, como os índios, por exemplo”, detalha.
Para finalizar, importância de uma boa tradução foi considerada um ponto crítico no processo exportador. “Como autor, estou muito próximo dos meus tradutores, sempre trocando ideias, principalmente porque uso muitos termos locais”, detalha o paraense Edyr.
A Bienal acontece até domingo (12) com 1.500 horas de programação cultural, quase 200 expositores, mais de 300 autores e 700 mil visitantes.
Sobre o Brazilian Publishers
Criado em 2008, o Brazilian Publishers é um projeto setorial de fomento às exportações de conteúdo editorial brasileiro, resultado da parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A iniciativa tem como propósito promover o setor editorial brasileiro no mercado global de maneira orientada e articulada, contribuindo para a profissionalização das editoras.