BRASIL TERÁ 75 EMPRESAS NA FIHAV 2017

Tradicional compradora de produtos brasileiros industrializados, tendo como destaques na pauta complexos como máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas, higiene e cosméticos, casa e construção e moda, Cuba sediará sua já tradicional Feira Internacional de Havana (FIHAV), que acontecerá entre 30 de outubro e 03 de novembro. Do total das exportações brasileiras à ilha, 61% são produtos industrializados. No comparativo entre janeiro e fevereiro de 2016 e 2017, a exportação total brasileira ao país aumentou quase 30%.
De olho nesse potencial, na oportunidade de consolidar o país (atualmente quinto principal parceiro comercial de Cuba) como fornecedor de produtos com valor agregado, explorar novas frentes e identificar tendências, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) levará 75 empresas para participar da edição 2017 da FIHAV. Do total da delegação, 45 empresas irão expor em estande individual, e outras 30 fazem parte de ações de prospecção para pequenas e médias empresas desenvolvida junto à Confederação Nacional das Indústrias (CNI), por meio da Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN).
Considerada a feira comercial de maior importância em Cuba, a FIHAV é realizada anualmente desde 1983 e tem caráter multissetorial. A Apex-Brasil participa da feira desde 2003 com pavilhão nacional. Na edição 2016 a delegação brasileira foi composta por 45 empresas, que tiveram 591 reuniões de negócios e fecharam mais de US$ 128 milhões em negócios. A meta para 2017 é semelhante, de US$ 128 milhões, visto que parte da delegação busca prospectar o mercado cubano para oportunidades futuras. Na pauta de abertura de mercado, que compreende setores em que o Brasil é especialista e deseja exportar, e que Cuba importa, mas não do Brasil, estão produtos como: açúcar refinado; pasta de cacau; partes de calçados; carne de suíno in natura; castanhas de caju; uvas frescas; madeira compensada ou contraplacada; laminadores de metais; alumínio em bruto; cátodos de cobre; estanho em bruto; lagosta; carne de peru industrializada; defensivos agrícolas; suco de laranja congelado; e ônibus.
Na fase preparatória para a Feira, as empresas participantes da edição 2017 irão receber estudos, informações sobre oportunidades no mercado cubano e instruções sobre negociações no país. “A economia cubana vem se abrindo para o mundo nos últimos anos e criando mecanismos de incentivo ao investimento estrangeiro, o que abre diversas possibilidades de negócios, integração e parcerias com o Brasil”, explica o coordenador de Promoção de Negócios da Apex-Brasil, Rafael Prado. Ele acrescenta que há uma variedade de produtos que os empresários brasileiros podem exportar para Cuba, como óleo de soja; grãos; carne de frango; produtos de confeitaria, sem cacau; autopeças; máquinas e aparelhos agrícolas; móveis; produtos cerâmicos; calçados; confecções; produtos de higiene e cosméticos; produtos farmacêuticos; e produtos químicos orgânicos.