BUNKA FASHION COLLEGE TRAINING CAPACITA EMPRESAS BRASILEIRAS
Berço de uma das culturas mais ricas da humanidade e palco de inovações tecnológicas aliadas ao respeito pelo tradicional, o Japão foi o local escolhido pelo Texbrasil, Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira, desenvolvido pela Abit e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), para sediar um curso de formação customizado às empresas do setor têxtil e de confecção brasileiras, com foco em inovação em design e negócios internacionais. Para isso, firmou-se uma parceria com o Bunka Fashion College, uma das mais respeitadas escolas de moda mundiais.
Combinando visitas em empresas japonesas e palestras com especialistas de diferentes áreas, o curso ocorreu de 11 a 22 de maio de 2015 e tinha como objetivo apresentar aos representantes brasileiros as principais características do mercado de moda nipônico e como o Brasil pode se utilizar destas técnicas para se desenvolver no âmbito tecnológico e inovador. Ao todo, 17 marcas participaram do curso: Bia Brazil, Hering, Cataguases, 2 Rios, Dellas Lingerie, Fabiana Milazzo, Fakini Malhas, Gabrielab, RVB Malhas, Beira, Maria Pavan, Intensify.Me, Meias Loa, Sapeka Lingerie, Spirodiro, Trendt e Virgilio Couture.
Para Matheus Fagundes, vice-presidente da 2 Rios, a visita ao ateliê da marca Anrealage foi um dos grandes destaques da programação. “Durante toda a estadia no Japão pudemos analisar o cuidado que os locais possuem no processo de produção, o quanto a preocupação com os detalhes e com as pessoas no ambiente de trabalho influenciam positivamente o produto final. Visitar o ateliê do estilista Kunihiko Morinaga me inspirou a pensar um pouco fora da realidade, a desenvolver diferentes formas de criar e a estabelecer um DNA forte”, afirma. Morinaga busca criar suas roupas sob o conceito de que “Deus está nos detalhes”, ideia que faz parte da cultura xintoísta, abordada durante a palestra Japanese Cultural Tradition and Fashion Design, ministrada no Bunka pelo professor Kushigemachi. O estilista também é conhecido pelas roupas com tecidos que mudam de cor de acordo com a incidência de luz.
Já Priscila Gomide, da Intensify.me, ressalta a questão da tecnologia, muito presente no processo criativo dos japoneses. “Pude entender como funciona a moda japonesa e percebi como o foco em inovação é presente em todos os setores da cadeia. Tenho grande interesse em entrar nesse mercado e, com essa viagem, pude fazer contatos com o representante de lingerie da Isetan, uma das maiores redes varejistas do país. Da programação, fiquei muito interessada no scanner de medidas do corpo, localizado no Digital Human Research Center (DHRC)”. O DHRC da AIST se engaja no desenvolvimento e aplicação das tecnologias fundamentais para servir aos seres humanos, como modelos computacionais das funções humanas que permitem medida, análise, simulação e previsão das funções humanas. O Bunka possui um laboratório de pesquisa especializado em estrutura e funcionalidades do corpo, cuja diretora é a professora Yumiko Ito, que ministrou a palestra Relation Between Body Function and Apparel aos participantes do curso, destacando a preocupação das empresas em desenvolver roupas que de adaptem aos movimentos do corpo, considerando a anatomia da população japonesa.
Outros destaques da programação foram a visita ao Museu da Toyota em Nagoya, que exibe a evolução do processo de fiação de algodão através de 90 máquinas diferentes, e a ida à empresa OJI, conhecida por desenvolver uma fibra proveniente do papel, que é leve, sustentável e resistente à água. “Essa agenda faz parte das atividades de cooperação que firmamos com o Japão há três anos com o objetivo de estimularmos a inovação e o design nas empresas brasileiras. Além disso, por ter um público muito receptivo a novos designers, o Japão é um dos mercados de ativação do Texbrasil, que pretende manter relações estreitas com instituições, empresas e representantes para divulgar e promover a moda brasileira além-mar”, comenta o presidente da Abit, Rafael Cervone.
Em 2012, dois representantes do Bunka Fashion College estiveram no Brasil para conhecer a produção têxtil nacional. Yoshio Kakishima, diretor de programas internacionais, e Keiko Togashi, professora, visitaram instituições relevantes da indústria da moda em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em fevereiro de 2014, o Texbrasil promoveu uma missão de inovação para a Ásia, tendo como um dos destinos do grupo o Bunka Fashion College. Em maio do mesmo ano, a reitora da instituição, Sanae Kosugi, veio a país para uma semana de reuniões e palestras, com o objetivo de trocar informações e fortalecer a parceria Brasil-Japão.
Sobre o Texbrasil
A internacionalização é uma ferramenta estratégica de competitividade: estimula o design e a inovação, aumenta o nível tecnológico e a produtividade, amplia consumidores e mercados e gera sustentabilidade empresarial. As empresas exportadoras estão mais preparadas para enfrentar a concorrência das marcas estrangeiras também em seus próprios mercados.
Para promover a sua marca para a internacionalização, o Texbrasil, Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira, foi criado em 2000 pela Abit (Associação Brasileira a Indústria Têxtil e Confecção) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Desde então, mais de 1.200 empresas utilizaram os serviços do Programa, entre eles encontro com compradores e jornalistas internacionais, participação em feiras e eventos em todo o mundo e realização de pesquisas e prospecção de mercado.
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