CLUSTER AEROESPACIAL BRASILEIRO FORNECE SUBSÍDIO PARA EXPOR EM FEIRA INTERNACIONAL
Empresas brasileiras do setor aeroespacial que desejam participar de uma das maiores feiras aeronáuticas do mundo podem receber subsídios para exposição.
O Cluster Aeroespacial Brasileiro, do Parque Tecnológico São José dos Campos, coordena o projeto setorial “Aerospace Brazil”, subsidiado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Neste momento, o projeto organiza a missão setorial que oferece condições especiais para a indústria brasileira que deseja estar presente no Farnborough International Air Show, que ocorre de 16 a 22 de julho em Farnborough, no Reino Unido.
O evento é considerado um dos mais importantes do mundo e reúne exibições de aeronaves, reuniões de negócios, workshops e conferências. A feira espera receber 1.500 expositores de mais de 50 países – ao menos 70 das 100 maiores empresas aeronáuticas devem participar do evento. Em 2016, o volume de negócios chegou a US$ 124 bilhões e o evento recebeu 73.000 visitantes de 70 países ao longo dos cinco dias – 25% deles tinham cargo de diretor ou de CEO de empresa.
“É uma excelente oportunidade para mostrar produtos e serviços e buscar fornecedores, pois o evento atrai tanto as montadoras quanto empresas de médio e grande porte”, diz Rodrigo Mendes, coordenador do programa de internacionalização do Parque Tecnológico São José dos Campos.
O perfil dos expositores é bem abrangente: são empresas que atuam em aviação civil e militar, na fabricação de helicóptero e nas áreas de manufatura e suprimentos.
Membros do projeto setorial poderão compartilhar um estande de 140 m2, montado como um lounge e preparado para receber clientes em potencial. No local, será possível exibir produtos e serviços, conforme regulamento.
O subsídio envolve toda a parte de exposição e equivale a cerca de R$ 30 mil por empresa – preço médio que seria pago por um expositor individual. Cada empresa, no entanto, deve arcar com os custos da viagem, hospedagem, alimentação e translado para a feira como parte de um grupo de contrapartidas especificadas em contrato.
Retorno
A brasileira Avionics, que desenvolve equipamentos aviônicos, expôs na última edição Farnborough Air Show e já confirmou presença no estande em 2018. “O principal objetivo é buscar mercados internacionais, tendo em vista que o mercado nacional está muito ruim, oferecendo poucas oportunidades. O mercado internacional é muito grande e, se não estiver em um evento desses, fica mais difícil prospectar mundo afora”, avalia João Batista Vernini Filho, diretor comercial da empresa.
O balanço da última edição foi positivo. Segundo Vernini Filho, a exposição da empresa no estande brasileiro compartilhado rendeu boas oportunidades de negócios nos meses seguintes. “Estar em um estande como o nosso mostra que as empresas possuem o suporte de uma associação e que não são um grupo de aventureiros. São empresas sérias e reconhecidas no mercado brasileiro”, conta.
Em 2016, a missão brasileira levou 12 empresas, que participaram de mais de 40 reuniões de negócios individuais.
Novos membros
É possível se associar ao Cluster Aeroespacial Brasileiro e ao projeto setorial para obter os benefícios.
“Empresas de olho no mercado internacional que não são membros podem aderir ao projeto por meio de um processo simples e direto”, explica Mendes.
Os participantes da missão serão acompanhados por especialistas do Cluster Aeroespacial Brasileiro, sempre com o objetivo de gerar negócios. Além da participação da feira, as empresas também devem visitar a Universidade de Conventry, que abriga o Convetry Tech Park, nos arredores de Londres. Terão ainda reuniões agendadas com o departamento de comércio internacional do Reino Unido (UK DIT), entre outras atividades.
Saiba mais sobre a feira: www.farnboroughairshow.com
Veja aqui o termo de adesão para associados ao Cluster
Veja aqui o termo de adesão para não associados ao Cluster
Sobre o projeto
O Cluster Aeroespacial Brasileiro foi formado em 2009 e reúne em torno de 90 empresas da cadeia aeroespacial e de defesa. Ao todo, são mais de 5.000 postos de trabalho e faturamento anual de US$ 700 milhões. As empresas, em sua maioria, atuam em engenharia, aviônicos, ferramental, logística, indústria e manufatura, defesa, espaço e segurança. O Cluster é o executor do Projeto Setorial Aeroespacial intitulado “Aerospace Brazil” na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).