COMPANHIA DAS LETRAS ALCANÇA MERCADO INTERNACIONAL COM OBRAS EM AUDIOLIVRO



COMPANHIA DAS LETRAS ALCANÇA MERCADO INTERNACIONAL COM OBRAS EM AUDIOLIVRO

Em parceria com o Google, a editora Companhia das Letras entrou no mercado de audiolivros com a publicação de 15 títulos nacionais e internacionais, que podem ser acessados pela web, Google Play Store e Google Play Livros por dispositivos Android e IOS. A empresa faz parte do Brazilian Publishers, projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

De acordo com Marina Pastore, Gerente de Projetos Digitais da Companhia das Letras, a editora quis oferecer mais uma opção literária por meio do novo formato, que também pode alcançar leitores e editoras estrangeiras. “Não há dúvidas de que, internacionalmente, os audiolivros têm se mostrado uma tendência cada vez mais importante, e a entrada de editoras brasileiras neste mercado é essencial. Por isso, acredito que a presença da Companhia neste espaço pode, sim, contribuir para despertar o interesse internacional por obras brasileiras”, afirma. Os audiolivros do Google Play Livros estão disponíveis em 46 países. De acordo com a Audio Publishers Association (APA), esse mercado faturou mais de 2,5 bilhões de dólares nos Estados Unidos em 2017, o que representou um crescimento de 22,7% com relação ao ano anterior.

A editora pretende lançar cinco audiolivros por mês até o final de 2018. Entre as publicações brasileiras, a plataforma apresenta obras que ganharam destaque internacional como “Antes do Baile Verde” e “Um Coração Ardente” da escritora Lygia Fagundes Telles, que teve seus livros publicados em diversos países como Itália, Portugal, França, entre outros. 

“Dias Perfeitos” (2014), de Raphael Montes, teve os seus direitos vendidos para 14 países, entre eles Estados Unidos, Espanha, Itália, França, Canadá, Dinamarca e Alemanha.  A narrativa de suspense conta a história de Téo, um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre a faculdade e os cuidados com a mãe, que é paraplégica. O personagem fica obcecado por Clarice, uma jovem que sonha em se tornar roteirista, e decide conquistá-la. Assim, começa uma história de loucura e violência.

Outros títulos nacionais que fazem parte da lista de audiobooks são: “Felicidade Dá Lucro” (2015), de Márcio Fernandes, que defende que a rentabilidade de empresa vem do investimento na qualidade do dia a dia dos funcionários; “Inquebrável” (2017), que conta a história de Fernando Fernandes, modelo apaixonado por esportes que perdeu os movimentos das pernas após um acidente de carro, e “O Livro dos Ressignificados” (2017), de João Doederlein, que traz um novo olhar para diversos temas como amor, signos e saudade. 

Escrito por Eduardo Gianettir, “Trópicos Utópicos” (2016), reúne ensaios sobre a identidade brasileira a partir dos conceitos científico, econômico e tecnológico. Já “Anatomia de um Desastre” (2016), de Claudia Safatle, João Borges e Ribamar Oliveira, traz os bastidores da crise econômica brasileira.

Além das obras já selecionadas, estão previstas ainda para este ano as versões de “Quem tem medo do feminismo negro?”, da escritora Djamila Ribeiro; “Sua vida em movimento” (2012), de Marcio Atalla; “Nu, de botas” (2013), de Antonio Prata; “Olhai os lírios do campo” (1938), de Erico Verissimo e “O sol na cabeça” (2018), de Geovani Martins, que está em negociação com editoras dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália, Portugal, Holanda e China.

Sobre o Brazilian Publishers
Criado em 2008, o Brazilian Publishers é um projeto setorial de fomento às exportações de conteúdo editorial brasileiro, resultado da parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A iniciativa tem como propósito promover o setor editorial brasileiro no mercado global de maneira orientada e articulada, contribuindo para a profissionalização das editoras.