CORPORATE VENTURE IN BRASIL CHEGA À QUARTA EDIÇÃO APOSTANDO EM TECNOLOGIA



CORPORATE VENTURE IN BRASIL CHEGA À QUARTA EDIÇÃO APOSTANDO EM TECNOLOGIA

Passaram-se três anos desde que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) deu seu primeiro passo para aquecer o cenário de investimento corporativo no Brasil. Provocada pelo mercado, a Agência mergulhou no ecossistema empreendedor e estruturou o Corporate Venture in Brasil, cuja primeira edição ocorreu em 2015. O esforço valeu a pena: até hoje, o evento contribuiu para o aporte de mais de US$ 175 milhões em investimentos no país. A quarta edição do Corporate Venture in Brasil acontece nos dias 02 e 03 de outubro no Hotel Intercontinental, em São Paulo, e a expectativa é exibir ao mercado as oportunidades no setor de Energia e em Construtech, Agritech, HealthTech (respectivamente, tecnologias em construção civil, mineração e mercado imobiliário; tecnologias para a agricultura; e tecnologias para saúde).

A quarta edição do Corporate Venture in Brasil já tem mais de 600 inscritos, de diversas nacionalidades, número que supera os 525 inscritos da edição de 2017. Desde sua primeira edição, em 2015, mais de 1000 pessoas participaram do evento, e centenas de reuniões privadas foram facilitadas pela Apex-Brasil e pela ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital). “Esse crescimento constante do interesse nas oportunidades de investimento, mesmo durante a crise recente no país, demonstra que o ecossistema brasileiro de investimento corporativo inspira confiança nos investidores e grandes empresas internacionais e nacionais”, destaca a diretora da Negócios da Apex-Brasil, Márcia Nejaim. 

No campo da construção civil, mercado imobiliário e mineração, englobados pelo termo Construtech, a janela de oportunidade para inovação tecnológica é bastante ampla. O setor representa cerca de 22% do PIB do país e vivenciou o surgimento inicial de startups focadas em processos, como a compra e aquisição de materiais de construção, equipamentos e a necessidade de gerenciamento eficiente de projetos em geral, que anteriormente dependia da tecnologia “papel e caneta”. Atualmente, no entanto, muitas startups estão navegando a onda de modelagem de informação de construção (BIM), a tecnologia que permite o projeto cross-design e uma abordagem holística e digital para projeto e execução, muito superior ao CAD. O campo de Construtech também está aquecido em realidade virtual e aumentada, no qual startups estão trazendo o modelo 3D do edifício para o canteiro de obras.

“Podemos também ver a ascensão em aplicações de Internet de coisas e wearables que podem melhorar consideravelmente a gestão da mão-de-obra e segurança, bem como a produtividade alavancadas pelo uso de analytics de pessoas, grandes dados e algoritmos preditivos”, destaca o Gerente de Investimentos da Apex-Brasil, Ricardo Santana. Já no campo de tecnologia para o Agronegócio, fica evidente uma nova dinâmica. No centro desse cenário estão as startups, com características difíceis de replicar em grandes organizações (velocidade, energia/engajamento do time, propensão ao risco e cultura de inovação) e conectadas com todos os atores do ecossistema de inovação do país: produtores, cooperativas, revendas, investidores, academia, corporações entre outros. O aquecimento deste mercado pode ser ilustrado pela aquisição, em março deste ano, da Strider pela Syngenta, por exemplo, mas também se nota um forte movimento em busca da co-criação de valor em toda a cadeia,

“O cenário de investimentos também está evoluindo no agronegócio. Grandes cooperativas estão atentas às oportunidades. É o caso da Coplacana, que anunciou recentemente investimento em duas startups, e ainda o primeiro equity crowdfunding para uma startup de Agritech”, complementa Santana. Além disso, merece menção o envolvimento da Raízen, com o The Pulse, em Piracicaba (SP) e os investimentos da Monsanto Growth Partners, junto com Microsoft e Qualccomm, em empresas de Agtritech.

Outra aposta, para o Corporate Venture deste ano são as tecnologias em saúde, conhecidas como Healtechs. Para compreender a inovação no Brasil e promover a efetividade de parcerias internacionais neste setor, Apex-Brasil, Fundação Biominas e Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) realizaram, no primeiro semestre de 2018, um mapeamento de soluções inovadoras no país. A pesquisa mapeou 1066 organizações (incluindo projetos de pesquisa, startups e empresas) em 20 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Destas, as startups eram o tipo de organização mais recorrente (45%), seguida por empresas (30%), e somente então projetos de pesquisa (25%). Em relação à concentração geográfica das organizações, observou-se que a região sudeste brasileira reúne o maior número de iniciativas, em torno de 71%. O resto é distribuído em todo o Sul (16%), Nordeste (8%), Midwest (5%) e norte (1%) regiões.

“Além da busca ativa por organizações, identificamos um total de 354 soluções para o setor, relacionando o potencial das tecnologias, negócios e para internacionalização. Especificamente, quanto ao estágio de maturidade das organizações, cerca de 59% estão na prototipagem suas ideias e projetos e 43,5% dos entrevistados têm algum tipo de atividade internacional. Há uma possibilidade e uma vontade por essas organizações de explorar as atividades internacionais para garantir a sua presença em novos mercados”, ressalta Santana. Em razão de todas as oportunidades mapeadas, nos diversos setores prioritários, a agenda do Corporate Venture deste ano inclui também espaço para que cerca de 20 startups apresentem suas soluções e oportunidades de investimento, além das dezenas de reuniões entre investidores, empreendedores, aceleradoras e grandes empresas investidoras.

 

SERVIÇO

Corporate Venture in Brasil

DATA: 02 e 03 de outubro

HORA: 9h – 18h

LOCAL: Hotel Intercontinental (Alameda Santos, 1123, São Paulo)