EMPREENDEDORAS DE 40 PAÍSES SE REÚNEM EM SÃO PAULO
Foi um festival de cores. No primeiro dia do evento WVEF, organizado em parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o International Trade Center (ITC), o entusiasmo e a vontade de fazer negócios contagiou os presentes. A ação, realizada no Hotel Maksoud Plaza, contou com rodadas de capacitação de quatro setores – café, alimentos gourmet, tecnologia de informação e serviços – e rodadas de negócios entre 300 vendedoras e 50 compradores de grandes empresas internacionais.
Mas o dia começou com uma dose de energia extra, movida por empresárias de sucesso que compareceram à abertura do evento. Anna Mokgokong, cofundadora da Community Investment Holdings, da África do Sul, contou sobre as dificuldades que teve de enfrentar para chegar até o alto cargo que ocupa hoje. “Eu nasci no Soweto, a maior favela de Johanesburgo, na época do apartheid. Mesmo assim, aos oito anos, já sabia que seria empreendedora e, contra todas as adversidades econômicas, fundei meu centro de saúde anos depois”, narrou.
Já Janete Vaz, diretora-executiva dos Laboratórios Sabin, enfatizou que 75% dos 3 mil colaboradores de seu negócio são mulheres, e que elas ocupam 90% dos cargos de liderança da empresa, que hoje já é a quarta maior do Brasil. Yasmin Darwich, da Federação Internacional de Negócios de Mulheres (BPW), enfatizou que as empreendedoras precisam se unir para fomentar seus negócios. “Cada mulher do mundo precisa se dedicar a esta causa. Nós temos o poder, agora precisamos agir”, afirmou.
A parte da tarde também reservou boas surpresas. Uma delegação da Índia, que conta com oito representantes de empresas de diversos tipos de serviços, era liderada por Archana Bhatnagar, proprietária da empresa Haylide Chemicals e presidente de uma associação de empreendedoras. Elas esperam começar a exportar seus produtos a partir do evento, ou seja, com os contatos que irão realizar nos encontros de negócios.
Também houve surpresas: Karina Von Zimmerman, de empresa de eventos, vendeu produtos que nem esperava. Quando se encontrou com Violeta, da empresa peruana Wayu, foi apresentada às saborosas geleias que eles criam. Ao provar o brigadeiro de Karina, Violeta teve uma ideia brilhante: por que não fazer um brigadeiro recheado de geleia? “Foi surpreendente, porque nunca pensei que pudesse exportar meus doces. Hoje à noite vou chegar em casa e fazer esta experiência para trazer amanhã para ela provar”, contou Karina, animada.
O evento continua até quinta-feira. A expectativa de geração de negócios é de US$ 3 milhões.