EXPORTAÇÕES DE ARTEFATOS DE COUROS SOFREM EFEITO SANFONA NOS ÚLTIMOS MESES



O comércio internacional teve efeito sanfona nos dois últimos meses para o setor de artefatos de couros e artigos de viagem. Depois de registrar um crescimento de 52% nas exportações em maio – receita de US$ 5,07 milhões – sobre igual período de 2013, os embarques recuaram 33% em junho, registrando US$ 2,56 milhões em divisas externas, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Mesmo com a oscilação, o setor de bolsas, malas, cintos e demais acessórios em couro conseguiu manter um resultado positivo no acumulado do ano: crescimento de 4%, somando um faturamento de US$ 21,02 milhões.
 

Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), entre os principais destinos, os Estados Unidos continuam liderando as compras dos artefatos de couro, com US$ 8,48 milhões em negócios de janeiro a junho deste ano, importações que ficaram praticamente estáveis. Chama a atenção a França, que aumentou as negociações em 167% nos primeiros seis meses do ano (US$ 3 milhões) sobre igual tempo de 2013. Crescimentos também registrados para a Espanha e Colômbia, que é mercado-alvo para a entidade e que vem sendo priorizado dentro do Brasil by Bags, projeto de promoção das exportações, desenvolvido  pela Associação Brasileira das Indústrias de Artefatos de Couro e Artigos de Viagem (Abiacav), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
 

Meta de US$ 100 milhões
 
Segundo o presidente da Abiacav, Vidal Veicer, a meta é chegar ao final do ano com mais de US$ 100 milhões em receita, feito histórico do setor entre 2004 e 2008, período em que os negócios internacionais ultrapassaram esta barreira, chegando a mais de US$ 127 milhões. “Estamos adotando decisões estratégicas desde o ano passado para aumentar a inserção internacional e fortalecer a imagem das marcas brasileiras no exterior”, disse ele. A entidade responde por um setor que congrega cerca de 2,5 mil indústrias – 45% localizadas no Sudeste e 36% no Sul do País – geradoras de mão de obra de intensiva. As indústrias do setor são responsáveis por mais de 25 mil empregos diretos.
 

Veicer lembra, ainda, que as ações do projeto setorial, cujo foco é o aumento da inserção internacional dos fabricantes de artefatos de couro, estão sendo redefinidas e serão colocadas em execução a partir da renovação do convênio junto à Apex-Brasil. “Vamos intensificar nosso planejamento estratégico com a proposta de divulgar para o mundo um conceito de valor agregado, design e qualidade dos produtos feitos no Brasil”, relatou.
Dados do setor
 
 
 
Mais informações:
 
Núcleo de Imprensa Abiacav
Jornalista Marcia Greiner
(51) 9963-1919
www.abiacav.org.br