JORNALISTAS ESTRANGEIROS APRENDEM SOBRE CAFÉ BRASILEIRO
Que café é uma paixão do brasileiro nós já sabemos. Um café especial, então, é capaz de conquistar tanto quem tem o hábito de apreciar os sabores tradicionais do país quanto quem está chegando. O Espaço Arte do Café, na Casa Brasil, recebeu nesta quarta-feira a visita de jornalistas estrangeiros que estão no Rio para cobrir os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No encontro, foram apresentadas palestras e houve degustação de cafés nacionais.
O gostinho brasileiro conquistou até o colombiano Eliberto Bustos. O país dele também é tradicional produtor, mas Eliberto se rendeu aos cafés que provou aqui. "Muito interessante aprender um pouco e poder conhecer o café de outra cultura, já que também gostamos muito. Achei excelente", elogiou.
O espaço foi montado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) para promover os produtos, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Sebrae Nacional. Durante todo o dia acontecem apresentações explorando história, origens produtoras, características e métodos mais interessantes de preparo, incluindo degustações, é claro.
O produtor Henrique Sloper de Araújo, que falou sobre a cultura do café para os jornalistas, comenta que as palestras estão cuprindo o objetivo, que é apresentar os cafés especiais ao grande público. "Tem sido um sucesso. As pessoas têm muita curiosidade, muita vontade de entender o que é o café especial", comentou.
A mesma percepção teve o barista Hans Olenchek. "É sempre bom ter um espaço aberto ao público, principalmente o que não tem grande conhecimento sobre café", disse. O jornalista americano Keyvan Vasquez foi outro a elogiar a chance de conhecer melhor como o café é produzido. "Já sou naturalmente curioso. Então adorei vir para entender mais", afirmou. Os cafés apresentados são de parceiros e associados da BSCA e de pequenos produtores apoiados pelo Sebrae, cultivados em diversas regiões produtoras do Brasil.
A BSCA estima que o Brasil produzirá até 8 milhões de sacas de 60 kg de cafés especiais em 2016, o que representa uma fatia de 35,5% da demanda mundial pelo produto, projetada pela Organização Internacional do Café (OIC) em 22,5 milhões de sacas. No ano passado, o País exportou 6,75 milhões de sacas (18% do total nacional de 37 milhões de sacas) e registrou o consumo interno de 1 milhão de sacas de cafés especiais, o que correspondeu a 5% do total de 20,5 milhões de sacas bebidas pelos brasileiros.
O principal mercado para os cafés especiais do Brasil são os Estados Unidos, mas os maiores valores pagos pelo produto são obtidos nas vendas para Japão, Coreia do Sul, Austrália e Taiwan. A China desponta como um mercado bastante promissor, apesar de sua pouca tradição no consumo da bebida. Entre 2012 e 2015, por exemplo, as importações totais de cafés especiais pelo país asiático, conforme a OIC, apresentaram crescimento de 29%, chegando a 1,8 milhão de sacas.
O Brasil é o líder do ranking global de produção e exportação de café e o segundo maior consumidor da bebida no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O país cultiva o fruto em 23 regiões produtoras, o que permite que sejam produzidos cafés que atendam a todas as demandas e paladares do planeta, sob a bandeira nacional das sustentabilidades econômica, social e ambiental, gerando divisas a todos os segmentos da cadeia produtiva.
Equipe Casa Brasil