PROJETO COMPRADOR DA APEX-BRASIL PROMOVE O ARTESANATO BRASILEIRO



Nove compradores da França, Suíça, Alemanha e Estados Unidos estão no Brasil desde a última semana para conhecer o artesanato de Minas Gerais e Pernambuco. A ação é realizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceira com o Sebrae Nacional, Sebrae Minas, Sebrae Pernambuco e com o apoio do Centro Cape e Bio Fair Trade. A agenda de negócios prevê visitas a oficinas de artesãos, seguidas de rodada de negócios com cerca de 90 artesãos nos dois estados. A expectativa é a geração de negócios de US$ 200 mil a US$ 450 mil, entre esses artesãos e os compradores estrangeiros num período de 12 meses.

 

Nos primeiros dias da programação, os compradores visitaram artesãos da região da Trilha dos Inconfidentes, em Minas Gerais, que congrega os municípios de São João Del Rei, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Resende Costa, Prados e Lagoa Dourada. “Apresentamos para os compradores o processo que envolve a fabricação artesanal das peças. Eles também passam a conhecer a inovação desenvolvida e aplicada, os produtos oferecidos e toda a variedade que existe no artesanato mineiro”, explica Márcia Gomide, gestora de projetos da Apex-Brasil. No dia 29 de setembro os compradores participaram de uma rodada de negócios em Belo Horizonte, com a participação de 48 artesãos e empresas de artesanato.

 

Em Pernambuco, a agenda começa no dia 1º de outubro com visita ao Centro de Artesanato e segue pelos espaços culturais Paço do Frevo e Cais do Sertão e, no dia seguinte, será realizada uma rodada de negócios, em Recife. Apex-Brasil espera a participação de aproximadamente 40 artesãos e empresas de artesanato na rodada de negócios. No dia 3 de outubro, serão visitados artesãos de Olinda e Porto de Galinhas, cidades localizadas na Região Metropolitana de Recife. Para a ação em Pernambuco, a Apex-Brasil conta com o apoio do Bio Fair Trade.

 

Márcia Gomide entende que o modelo do Projeto Comprador, que traz para o Brasil importadores estrangeiros para conhecer in loco os produtores nacionais, é bastante eficiente. “Os compradores passam a conhecer um pouco da cultura nacional. Entendem melhor o que as peças retratam e como elas representam a identidade nacional. Essa experiência pode gerar mais valor ao produto, porque o comprador entende o contexto sócio ambiental da comunidade onde a peça é produzida, tem contato com o artesão e vivencia um pouco da nossa riqueza e diversidade culturais”, avalia.

 

Camila Meyer, também gestora de projetos da Apex-Brasil, complementa explicando que o Projeto Comprador tem outro ponto de destaque. “É uma oportunidade para apresentar um grande número de artesãos. Não teríamos estrutura, por exemplo, para levar esses artesãos – que somam mais de 80 – para o exterior. Então, nós potencializamos a geração de negócios, trazendo os compradores para conhecer as comunidades onde o artesanato é produzido”.

 

Para a Apex-Brasil o artesanato é uma importante forma de expressão da cultura e da criatividade brasileira, além de ser muito relevante para o desenvolvimento econômico, a inclusão social e para a geração de trabalho e renda de muitas comunidades. “O artesanato brasileiro é funcional e prático e tem um design bastante interessante e desenvolvido, além do fato da utilização de matérias-primas naturais”, ressaltou Marcia.

 

Sobre o artesanato no Brasil

 

No contexto do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) – iniciativa voltada à valorização do artesão e ao desenvolvimento da empresa artesanal por meio de políticas públicas – foi organizada a Base Conceitual do Artesanato Brasileiro, documento que define conceitos fundamentais para o setor: como artesão, mestre artesão, arte popular, trabalhos manuais, produtos típicos, além das tipologias, classificação e funcionalidades do artesanato.

 

Existem mais de 50 técnicas de produção no artesanato brasileiro, desenvolvidas com procedimentos que respeitam a sustentabilidade ambiental, social e econômica. As diferentes classes de artesanato – indígena, de reciclagem, tradicional, de referência cultural, ou contemporâneo/conceitual – refletem as peculiaridades dos produtores e os valores históricos e culturais de seus produtos.

 

Desde 2000, a Apex-Brasil apoia a internacionalização do artesanato brasileiro. Eventos como a exposição Mulheres Artesãs, na sede da ONU, em New York, a participação em ações como a Maison & Objet na França, renomada feira europeia de decoração, e o NY NOW, nos EUA, são exemplos dos resultados alcançados pelo setor, com o apoio da Agência.

 

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