RIO OPEN MOTIVOU NOVOS NEGÓCIOS PARA EXPORTADORES DO BRASIL



RIO OPEN MOTIVOU NOVOS NEGÓCIOS PARA EXPORTADORES DO BRASIL

 

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) trouxe ao Brasil 48 compradores, investidores e formadores de opinião de 14 países para uma agenda de negócios, seguida de agenda esportiva. Isso porque os estrangeiros cumpriram compromissos comerciais, como visitas a fábricas, pontos de venda, laboratórios e outras instalações produtivas, e também acompanharam os jogos do Rio Open de tênis, realizados entre os dias 15 e 21 de fevereiro, no Jockey Clube do Rio de Janeiro.

 

Cada comprador, ou investidor, tinha como anfitrião um empresário brasileiro. No total, 26 empresas nacionais, de 22 setores, participaram da ação, entre laboratórios, indústrias, traders, prestadores de serviços e associações setoriais e fecharam negócios imediatos e futuros de R$ 114,5 milhões.

 

A Apex-Brasil já organiza atividades de marketing de relacionamento há alguns anos, sempre com o intuito de atrair importadores que, por vezes, aceitam vir ao Brasil movidos pelo interesse de unir uma agenda de negócios a uma agenda esportiva ou cultural.

 

“Acho bastante válido participar de um evento puramente com o foco em relacionamento. Sentar para uma reunião de negócios é tão necessário quanto dispender tempo para conhecer melhor a pessoa com quem fecharemos acordos de compra e venda”, afirma Stephen Sothmann, presidente da US Hide Skin and Leather Association.

 

Ele foi convidado pelo Centro das Indústrias de Curtume do Brasil (CICB). “A Associação americana representa um dos maiores produtores de couro do mundo, que são os Estados Unidos. Estamos aproveitando essa convivência para trocar informações, experiências, estatísticas. É a melhor forma de aprimorarmos os negócios das mais de 100 empresas que temos associadas”, observa Rogério de Souza Cunha, gerente do CICB.

 

Valeria Domingues, da Brazilian Forest, exportadora de produtos alimentícios e também trader, elogiou a ação, afirmando que “quando conseguimos trazer um cliente ao Brasil, para cumprir uma atividade como essa, criamos um laço. Depois, é só fechar negócios”.

 

A italiana Federica Arata, da Euroslate Srl., empresa que fornece mármores e granitos para hotéis, prédios públicos, entre outras construções, veio ao Brasil a convite da BC Stones, de Minas Gerais. Ela já comprou produtos da empresa mineira, mas como precisa fechar um contrato maior, resolveu vir ao Brasil e ver de perto o processo fabril. “Estou sempre falando que venho, mas acabo adiando. Esse convite agora foi ótimo e o que eu vi aqui já mudou minha percepção do país, pois achei tudo bem organizado e sério”, contou.

 

A Apex-Brasil montou um espaço de hospitality no Jockey Clube, onde os empresários brasileiros recebiam seus convidados. Juntos, assistiram aos jogos. Algumas agendas foram cumpridas antes do torneio. Outras, depois, como é o caso do CEO da Mazeray Corporation, importador e atacadista do Texas (EUA), John Rex Hewitt, que primeiro assistiu ao Rio Open e depois seguiu para Bento Gonçalves, onde ficará 10 dias conhecendo o processo de colheita e processamento de vinhos da Miolo.

 

“Este é um evento de ativação para nós, para trazermos empresários e apresentarmos oportunidades de investimentos e negócios que o Brasil oferece. Não podíamos estar fora dessa plataforma de marketing de relacionamento”, disse o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, que comemorou o resultado de negócios.

 

Além das atividades no Jockey Club, a Apex-Brasil recebeu empresários brasileiros e investidores nos três seminários que realizou no Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 17, sobre os temas sustentabilidade em grandes eventos internacionais, a indústria de private equity no atual cenário macroeconômico, e lições dos jovens empreendedores para vencer no mercado internacional.