Apex-Brasil e Ipea realizam webinar “Promoção Comercial e de Investimentos para a Recuperação Econômica”
As entidades debateram potenciais ações para colocar em prática acordo técnico de cooperação assinado em agosto
Em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) realizou o Webinar Promoção Comercial e de Investimentos para a Recuperação Econômica, na quarta-feira (10).
Participaram do evento online o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Lucas Fiuza; diretor de Assuntos Internacionais do Ipea, Ivan Oliveira; secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz; secretário de Assuntos Econômicos e de Comércio Exterior do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Sarquis Sarquis; coordenador de Estudos sobre Cooperação Internacional e Investimentos do IPEA, Renato Baumann; gerente de Inteligência de Mercado da Apex-Brasil, Igor Celeste, e a professora de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Vera Thorstensen.
O webinar é um dos resultados do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado conjuntamente em agosto de 2021, com objetivo de unir as inteligências e capacidades de elaborar estudos e diagnósticos para promover as exportações brasileiras e, ao mesmo tempo, incentivar a geração de Investimentos Externos Diretos (IED) para o Brasil.
Segundo Ivan Oliveira, a parceria do Ipea com a Apex-Brasil chegou em um momento crucial, quando cada vez mais é necessário acessar informações de mercado para auxiliar no desenho das estratégias de exportação e de atração de IED, a fim de traçar planejamentos consistentes e efetivos. Fiuza também ressaltou a importância da parceria, destacando que o ACT envolve outras duas vertentes de pesquisa: o comércio exterior de serviços e os temas relacionados a medidas não tarifárias e padrões privados ou normas voluntárias de sustentabilidade.
Desafios e oportunidades Dentre os desafios identificados pelos palestrantes estão a diversificação das exportações e dos destinos para os quais o Brasil exporta, bem como a ampliação da oferta de serviços no portfólio brasileiro. Lucas Ferraz, secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, destacou a necessidade de ampliar o número de companhias exportadoras, fazendo, principalmente, com que pequenas e médias empresas possam se internacionalizar. “O Brasil tem o mercado exportador ainda pouco dinâmico, pois é um país continental, está entre as 10 maiores economias do mundo e tem entre 25 e 28 mil empresas exportadoras. Esse número pode ser muito maior”, afirmou.
Outro ponto importante destacado pelos palestrantes é a necessidade, cada vez mais acentuada, de adequação a parâmetros e regras de sustentabilidade. Segundo a acadêmica Vera Thorstensen, há diversas fontes que ditam essas normas e o empresariado precisa estar ciente e informado sobre a dinamicidade dessas regulações. “Há quatro caixinhas, nessa área: as regras de sustentabilidade da Organização Mundial do Comércio (OMC), as das ONGs, as dos grandes fundos de investimentos globais e as da Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Quem quiser exportar e se inserir no mercado internacional precisa estar ciente de tudo isso”, concluiu.
Nesse sentido, Igor Celeste destacou a necessidade de coordenação entre a Agência e o Ipea, mas também entre outros órgãos governamentais. “A união das capacidades da Apex e do Ipea, do Ministério da Economia e do MRE, que pode buscar informações in loco nos principais mercados, nos torna capazes de gerar melhores prognósticos e diretrizes aprimoradas e, assim, contribuir de forma significativa para retomada econômica, para a geração de empregos, renda e bem estar para o Brasil”, concluiu.