Apex-Brasil organiza Seminário Empresarial Brasil-EUA na Flórida



Apex-Brasil organiza Seminário Empresarial Brasil-EUA na Flórida

Evento será aberto pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro. Público é estimado em 300 lideranças empresariais dos dois países

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, com o Consulado-Geral do Brasil em Miami, e com o Banco do Brasil Americas, está organizando o Seminário Empresarial Brasil-EUA na Flórida, que acontecerá no Hotel Hilton Miami Downtown entre 8h e 18h de 9 de março. Cerca de 300 lideranças empresariais e formadores de opinião nos EUA e no Brasil estarão presentes.

Entre as empresas brasileiras que confirmaram participação no evento estão companhias dos setores de alimentos e bebidas, casa e construção, biotecnologia, defesa, máquinas e equipamentos, entre outros.

A abertura do Seminário será feita pelo Presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro e também contará com falas do Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, do prefeito de Miami, Francis Suarez, do prefeito de Miami-Dade, Carlos Gimenez e do Senador da República dos EUA, Rick Scott. Os palestrantes incluem autoridades brasileiras tais como o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, e o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, além de representantes norte-americanos, como o VP de Políticas Públicas do ITI (Information Techonology Industry), Josh Kallmer, o Diretor do Office of Advanced Manufacturing (OAM), Mike Molna e o CEO da American  Airspace Industries Association, Eric Fanning, entre outros.

Os painéis previstos são os seguintes: Perspectivas da economia brasileira e o novo ambiente de negócios; Inovação: Startups e Franquias no Brasil e nos EUA; Bioeconomia: Oportunidades para o Brasil e os EUA e, ainda, Inovação na Indústria de Defesa. Está prevista uma sessão de networking entre empresários brasileiros e americanos do setor de defesa e outra sessão com empresas dos setores de petróleo, produtos químicos orgânicos, geradores e transformadores elétricos, veículos de carga, calçados e motores e turbinas de aviação.

“O Seminário é mais uma oportunidade para apresentarmos as empresas e soluções brasileiras ao mercado norte-americano, incrementando os negócios e fortalecendo a relação bilateral, que vive um ótimo momento”, comenta Sergio Segovia, presidente da Apex-Brasil.

Relacionamento comercial Brasil – EUA

Os EUA posicionaram-se como o 2º principal destino das exportações brasileiras em 2019, com 13,2% de participação no total exportado pelo Brasil, apenas atrás da China com 28,1% de participação. Em 2019, a corrente de comércio Brasil-Estados Unidos atingiu o valor de US$ 59,8 bilhões, com crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior. Foram US$ 29,7 bilhões em exportações (3,55% a mais que em 2018) e US$ 30,09 bilhões em importações (3,8% a mais que em 2018).

Em 2019, os produtos básicos representaram 17,9% das exportações do Brasil para Estados Unidos, enquanto os produtos manufaturados foram 63,4% da pauta e os produtos semimanufaturados 18,7%.

Os dados mostram que há uma maior agregação de valor no caso das exportações nacionais para os EUA na comparação com as exportações brasileiras totais (em que 52,8% das exportações concentraram-se em produtos básicos, 12,6% em semimanufaturados e 34,6% em manufaturados).

Oportunidades

A economia norte-americana é a maior do mundo e segue crescendo. Entre 2014 e 2019, a média de expansão foi de 2,4% ao ano.  Entre os estados norte-americanos, a Flórida é o segundo maior importador de produtos brasileiros: em 2019, suas compras somaram US$ 4 bilhões.

Para a Apex-Brasil, o país é extremamente relevante: em 2019, os EUA foram definidos como mercado prioritário em 41 dos 53 Projetos Setoriais da Apex-Brasil. Nenhum outro mercado despertou tanto interesse como o norte-americano. A Apex-Brasil mantém um escritório de negócios em Miami, Flórida, e um em São Francisco, Califórnia, dedicados a apoiar as empresas brasileiras que querem iniciar ou fortalecer os negócios no país.

Investimentos

No que diz respeito ao estoque de investimentos, os EUA mantêm uma posição dominante entre investidores estrangeiros no Brasil: em 2018 (último dado disponível), os EUA se classificaram como o maior investidor direto no Brasil: US$ 134,1 bilhões, dos quais US$ 117,6 bilhões em “Participação no Capital”. O estoque total de IED dos Estados Unidos no Brasil representa 18,2% do estoque total aportado no País.

Entre as 1.000 empresas de maior faturamento do Brasil, 60 contam com capital majoritariamente norte-americano. Juntas, elas somaram R$ 292 bilhões em receita líquida em 2018.

Em termos de fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) anunciado, em 2019, empresas norte-americanas confirmaram 101 projetos greenfield (que envolvem a construção de uma nova planta, a partir do zero) e 33 brownfield (relativos à aquisição ou locação de uma planta existente para a operação) no Brasil. Em relação aos projetos greenfield, o Brasil foi o 6º destino dos investimentos dos Estados Unidos em valor, com participação de 4,2%.