ApexBrasil organiza Encontro Empresarial Brasil-Rússia, com presença do Presidente Bolsonaro
Grupo debateu o incremento das relações bilaterais e oportunidades de investimentos entre as duas nações
Moscou, 16 de fevereiro de 2022 – Com perspectivas otimistas sobre a troca comercial entre Brasil e Rússia, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizou nesta quarta-feira (16) o Encontro Empresarial Brasil-Rússia, no Hotel Metropol, no centro de Moscou, Rússia.
A iniciativa contou com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro, além de outras autoridades do governo federal, como o chanceler ministro da Relações Exteriores, Carlos França, e o presidente da ApexBrasil, Augusto Pestana.
Membros do mercado privado russo e empresários brasileiros estiveram presentes. Entre eles, os comandantes do Conselho Empresarial Brasil-Rússia, Andrey Guryev, CEO da PhosAgro, e Marcos Molina, CEO da Marfrig, além de Fernando Marques, da União Química, e membros das entidades parceiras da ApexBrasil como a ABIEC, ABPA e Abrafrutas.
Com falas empresariais de ambos os lados, a pauta incluiu, entre outras temáticas, a complementariedade comercial entre o Brasil e Rússia, bem como investimentos em fertilizantes para fortalecer a produção nacional de alimentos, infraestrutura e programas de concessões e novas perspectivas de fluxos de investimento.
Por fim, Guryev e Molina foram condecorados por Bolsonaro com a Ordem de Rio Branco, no grau Comendador.
Ao conversar com jornalistas no final do evento, Bolsonaro disse que mais uma rodada de negociações com empresários, em especial da área de fertilizantes, tinha sido concluída. “Eles têm um interesse enorme em vender e nós também temos um grande interesse em adquirir. O Brasil é dependente em grande parte de fertilizantes de outros países e em especial da Rússia”, pontou o chefe do Executivo.
Cenário atual
Atualmente, a ApexBrasil mantém seis projetos setoriais com foco na Rússia e já mapeou a oportunidade de exportar mais de 360 bens para o país, notadamente bens industriais como maquinários e químicos, além de alimentos e bebidas.
Apesar de uma certa estabilização comercial na última década, a Rússia ainda representa um forte parceiro para o Brasil com oportunidades de mercado que variam.
Em 2021, as exportações brasileiras à Rússia se mantiveram no mesmo patamar em que estão desde 2018, sendo pouco afetadas pelo crescimento nos valores de commodities ocorrido no ano.
Em termos setoriais, de 2020 para 2021, frutas e sementes oleaginosas (puxadas pelo amendoim) tiveram crescimento de 23% e 10% – respectivamente. Carne de frango in natura e o açúcar também têm representatividade na balança comercial.
Encontro preparatório
No âmbito da programação do Encontro Empresarial Brasil-Rússia, empresários brasileiros e russos estiveram juntos nesta terça-feira (15) para debater os interesses de negócios em comum entre os dois países. Este foi uma espécie de encontro preparatório para o evento com o Presidente Bolsonaro, realizado nesta quarta-feira (16).
Segundo o presidente da ApexBrasil, Augusto Pestana, o encontro foi extremamente proveitoso, afinal a relação Brasil Rússia é tida como sólida e tradicional.
Apesar de satisfeito com os resultados dos acordos comerciais entre os dois países, Pestana acredita que o momento pede por diversificação da pauta. Além dos mercados já tradicionais de carnes, por exemplo, diversos setores como indústria farmacêutica podem se beneficiar de maior interação. “Os russos claramente estão interessados na inauguração de uma nova fase”, pontuou Pestana.
As trocas comerciais ainda incluem a presença maior em projetos de infraestrutura, bem como o fortalecimento da área de fertilizantes.
Prodexpo 2022
No início deste mês, a ApexBrasil participou da Prodexpo 2022, a maior feira de alimentos e bebidas da Rússia. Foram 10 empresas brasileiras de variados setores, entre eles frutas, chocolate, arroz, chá, entre outros.
“Somando todos os setores para 2022, nossa expectava é que movimentem como resultado direto ou indireto da Prodexpo algo em torno de 5 bilhões de reais”, concluiu Pestana.
