Atuação da Apex-Brasil é apresentada a empresários do RS



Atuação da Apex-Brasil é apresentada a empresários do RS

O presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, participou esta noite (14) de jantar organizado pelo LIDE RS, em Porto Alegre.  Durante o encontro, o Presidente da Agência apresentou a uma plateia composta por empresários e representantes do setor público, os serviços oferecidos às empresas nacionais de capacitação e qualificação para a exportação, além das atividades voltadas à atração de investimentos estrangeiros diretos.

Entre os presentes, estavam Eduardo Fernandez, presidente do LIDE RS, o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do RS, Ruy Iragaray, o Presidente da Assembléia Legislativa do RS, deputado Luis Augusto Lara, o ex-governador Germano Rigotto, entre outras autoridades.

Segovia iniciou sua fala destacando a relevância do Rio Grande do Sul para o comércio exterior do Brasil: “do agronegócio à indústria, passando pelos serviços, o empresariado gaúcho demonstra compreender a importância fundamental dos mercados externos e, historicamente, tem comprovado sua competência para conquistá-los”.

O presidente da Apex-Brasil, no entanto, destacou que há muito espaço para crescer lembrando que, apesar de o Brasil estar entre as oito maiores economias do mundo, ocupa apenas a 27ª posição no ranking de exportadores globais de bens, com 1,2% de market share.

Segovia reforçou, durante sua fala, a importância da capacitação empresarial em comércio exterior como um instrumento para alavancar o protagonismo brasileiro no cenário internacional. “Quem se capacita para a exportação, avança em produtividade, competitividade. Melhora seu posicionamento também no mercado interno. A Apex-Brasil apoia esse processo de qualificação por meio do Programa de Qualificação para Exportação – PEIEX que, nos últimos 5 anos, beneficiou 11 mil empresas”, comentou.

O Rio Grande do Sul é um dos estados mais atuantes no PEIEX, em setores como alimentos, couro, calçados, entre outros. Desde 2008, foram atendidas 8.289 empresas gaúchas por meio da iniciativa. Atualmente, o estado responde por 17,2% do total de empresas atendidas pelos núcleos ativos do PEIEX no Brasil. No Rio Grande do Sul, são 4 núcleos, sendo dois estreantes: São Leopoldo e Passo Fundo, além de Porto Alegre e Caxias.

 

Investimentos

Segovia também deu destaque em sua fala ao trabalho de atração de investimentos estrangeiros diretos desenvolvido pela Apex-Brasil. “Em 2018, o Brasil foi o sétimo maior destino de fluxos de Investimento Estrangeiro Direto. A manutenção do nível de investimentos no Brasil significa um claro reconhecimento oferecido pela comunidade global a um mercado robusto e promissor e a um governo empenhado na recuperação da economia e focado no crescimento”, comentou.

O presidente relatou que, o ano passado, para cada US$ 1 dólar gasto pela Apex-Brasil na atração de investimentos, foi obtido um retorno da ordem de US$ 4.285,00, por meio de projetos pactuados. Foram 29 grandes projetos facilitados, contabilizando US$ 5,7 bilhões em investimentos anunciados por companhias como Siemens, Hyperloop, Engie, UPS, Mercado Libre, Shinzen Energy, Goldwind, Laboratorios Servier, Trina, Mercedes Benz, Neoenergia, entre outros

 

Acordo Mercosul-União Europeia

Segovia foi questionado pela plateia sobre os impactos do acordo Mercosul-União Europeia e o papel da Apex-Brasil neste novo contexto. “O papel da Agência é se preparar e preparar as empresas brasileiras para que, no momento em que o acordo for ratificado por todos, estejamos com a ‘casa organizada’ e possamos aproveitar o momento. Assim, já estamos trabalhando para identificar oportunidades e eventuais ameaças trazidas pelo acordo e vamos passar isso para as empresas”, explicou.

 

Guerra comercial Brasil – China

A guerra comercial Brasil-China e seus impactos para o Brasil também foi tema do debate: “Essa situação, na verdade, traz oportunidades para o Brasil. A China deixando de exportar produtos manufaturados para os EUA, aumenta o mercado americano para os nossos manufaturados. Ao mesmo tempo, os EUA deixando de exportar produtos do agronegócio para a China, cresce o espaço para nosso agronegócio no mercado chinês. Mas o importante disso é que não atuemos em saltos: o desafio é de chegar nesses novos mercados e permanecer neles. Temos que aproveitar essas oportunidades e entrar de cabeça nesses dois mercados”, comentou Segovia.