Galerias brasileiras participam da ARCOmadrid 2021



Galerias brasileiras participam da ARCOmadrid 2021

Luciana Brito Galeria e Galeria Luisa Strina marcam presença no evento, com apoio do projeto Latitude – Platform for Brazilian Art Galleries Abroad

A ARCOmadrid, uma das principais feiras de arte do mundo, celebra sua 40ª edição entre os dias 7 e 11 de junho, com a participação de 131 galerias de 27 países. Entre elas estão as brasileiras Luciana Brito Galeria e Galeria Luisa Strina, que contam com o apoio do projeto Latitude – Platform for Brazilian Art Galleries Abroad, uma parceria daAssociação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Neste ano, a presença de galerias da América Latina ganha um novo protagonismo com a inclusão de uma seção especial, produzida junto a  Mariano Mayer, que traz a possibilidade de exibição de obras que não precisam necessariamente ser transportadas, ação necessária frente às restrições de circulação impostas pela pandemia.

Com um cenário de melhora dos índices da pandemia e altos índices de vacinação na Europa, a feira acontecerá de forma híbrida com seção online ARCO E-XHIBITIONS, recebendo em seus três primeiros dias exclusivamente profissionais do setor de arte contemporânea, mas abrindo ao público durante o final de semana. 

A Luciana Brito Galeria participa da seção especial dedicada à América Latina “Remitente. Arte Latinoamericano”, e na seção online ARCO E-XHIBITIONS, apresentando os vídeos “Campo” (1977), de Regina Silveira, e “Photokinetic” (2020), de Héctor Zamora. “Campo” é o primeiro projeto em vídeo de Regina Silveira (1939, Brasil), e um dos primeiros em videoarte no Brasil, realizado com o apoio do MAC-USP no final dos anos 1970. O vídeo foi produzido em uma única tomada, sem qualquer edição, e apresenta o gesto simples de percorrer os limites da tela com a ponta de um dedo.

“Photokinetic”, 2020, de Héctor Zamora (1974, México) traz a interpretação audiovisual do artista para a sua instalação site specific “Lattice Detour” (2020), comissionada pelo Metropolitan Museum of Art de Nova York para o roof garden do museu. Com a câmera estática, o vídeo apresenta a cadência dos movimentos gerados pelas sombras dos visitantes do outro lado do muro de blocos de cobogó, durante o pôr do sol.

A Galeria Luisa Strina, que participa da seção online ARCO E-XHIBITIONS, apresenta os trabalhos de Fernanda Gomes e Jarbas Lopes.

O trabalho de Jarbas Lopes transita entre pintura, escultura, desenho, livros de artista e performance. Muitos de seus trabalhos são participativos ou sensoriais, e o artista encoraja os participantes a tocarem, segurarem, movimentarem e virarem páginas.

Já Fernanda Gomes lida com uma ampla gama de processos e procedimentos, articula uma linguagem de extenso vocabulário, sempre em expansão. A paleta de brancos e dos materiais crus assumem uma visão radical da cor, que inclui a luz como matéria. A reunião dos trabalhos no espaço é tratada como obra em si, em exposições irrepetíveis, que reagem a contextos diversos. Ainda assim, a artista acredita em obras de arte autônomas, em seu sentido mais primitivo de objeto vivo. Os materiais modestos, a escala humana, a dimensão lúdica, contribuem para uma significação aberta e pessoal para cada observador.

Sobre o Latitude – Platform for Brazilian Art Galleries Abroad

O Latitude é um programa desenvolvido por meio de uma parceria firmada entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea – ABACT e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil, para promover a internacionalização do mercado brasileiro de arte contemporânea. Criado em 2007, conta hoje com 58 galerias de arte do mercado primário, localizadas em sete estados brasileiros e Distrito Federal, que representam mais de 1000 artistas contemporâneos. Seu objetivo é criar oportunidades de negócios de arte no exterior, fundamentalmente através de ações de capacitação, apoio à inserção internacional e promoção comercial e cultural.

O volume das exportações definitivas e temporárias das galerias do projeto Latitude vem crescendo significativamente. Em 2007, foram exportados US$ 6 milhões e, de acordo com a última Pesquisa Setorial Latitude publicada, em 2017 atingiu-se mais de US$ 65 milhões. As galerias Latitude foram responsáveis por 42% do volume total das exportações do setor no ano.

Desde abril de 2011, quando a ABACT assumiu o convênio com a Apex-Brasil, foram realizadas 48 ações em mais de 26 diferentes feiras internacionais, com aproximadamente 300 apoios concedidos a galerias Latitude. Neste mesmo período, foram trazidos ao Brasil aproximadamente 250 convidados internacionais, entre curadores, colecionadores e profissionais do mercado, em 23 edições de Art Immersion Trips. Além dessas ações, o Latitude realizou cinco edições de sua Pesquisa Setorial, com dados anuais sobre o mercado primário de arte contemporânea brasileira.