Marcelo Rubens Paiva: “o Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral significa um momento de reflexão”
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Celebrar a literatura é também celebrar o livro como instrumento de expressão, educação e comunicação, e o autor como o mensageiro. Por isso, o Brazilian Publishers — projeto setorial de internacionalização do mercado do livro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) — conversou com o renomado autor brasileiro Marcelo Rubens Paiva sobre o tema para comemorar o Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral.
“Todo mundo deveria gostar de ler”. Marcelo é incisivo quando introduzido ao assunto. Ele é escritor, dramaturgo e jornalista, e estreou no mundo da literatura com a famosa obra ‘Feliz Ano Velho’. Lançado em 1982, o livro relata a própria tragédia na vida do autor. Ele conta sobre o acidente que o deixou tetraplégico depois de um mergulho em um lago às margens da Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, no ano de 1979. Na ocasião, o dramaturgo bateu acidentalmente com a cabeça no fundo do lago, perdendo os movimentos do corpo.
A obra de Marcelo virou um clássico da literatura brasileira. O autor conta que o livro é até mesmo adotado e lido em escolas. Para ele, esse é o significado de disseminação da literatura, quando o livro se torna instrumento de ensino e instiga crianças e adolescentes a comentar sobre temas diversos. “O Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral significa um momento de reflexão. “Como disseminar mais as obras? E como fazer a leitura chegar a todas as camadas da sociedade? São perguntas que nós todos temos que fazer”, conta.
Na opinião de Marcelo, as feiras de livros são eventos que têm como objetivo levar as obras produzidas para diversos tipos de públicos, o que ele julga como uma iniciativa muito positiva. “Temos que lutar constantemente para fazer com que essas obras sejam realmente disseminadas”, diz.
Acima de tudo, Marcelo enxerga o respeito ao direito do autor como primordial. No Brasil, os direitos autorais de escritores, professores, editores e artistas são protegidos pela Lei 9.610, de 1998. O texto legal disciplina a utilização das obras por terceiros e estabelece o domínio público após 70 anos da morte do autor.
Origem
A origem da data em comemoração ao livro e aos direitos autorais vem em forma de tributo a grandes escritores da literatura mundial: Miguel de Cervantes, Inca Garcilaso de la Vega e William Shakespeare. Ambos os três morreram em 23 de abril de 1616. A comemoração é uma forma de relembrar e encorajar a todos a descobrir o prazer da leitura, além de homenagear nomes que contribuíram de maneira expressiva ao progresso cultural e social da humanidade.
O peruano Inca Garcilaso de la Vega nasceu em 1539, e ficou mundialmente conhecido por sua obra Historia general del Perú. Já Miguel de Cervantes Saavedra nasceu em 1547, no município espanhol de Alcalá de Henares. O sucesso do escritor surgiu em 1605, quando ele publicou “El ingenioso hidalgo Don Quijote” de la Mancha. Por fim, mas não menos importante, temos William Shakespeare, nascido em 1564, na Inglaterra. Ele escreveu 38 peças, dois poemas narrativos e 154 sonetos. Suas peças de teatro são conhecidas mundialmente, como: “Hamlet”, “Romeu e Julieta”, “Rei Lear” e “Otelo”.
Sobre o Brazilian Publishers
Criado em 2008, o Brazilian Publishers é um projeto setorial de fomento às exportações de conteúdo editorial brasileiro, resultado da parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A iniciativa tem como propósito promover o setor editorial brasileiro no mercado global de maneira orientada e articulada, contribuindo para a profissionalização das editoras.