Soluções brasileiras de segurança e defesa em feira de Londres
Ao todo, 15 empresas brasileiras vão participar da DSEI 2019 (Defence & Security Equipment International), de 10 a 13 de setembro em Londres.
As empresas Atech, Berkana, Cecil, Emgepron, Kryptus, Logsub, M&K, Omnisys, PolyDefensor, Protecta e Simtech vão apresentar produtos como sistemas de inteligência, segurança cibernética, soluções em reconhecimento facial, tecnologias de gerenciamento de projetos estratégicos, serviços relacionados aos segmentos de negócio do mar, logística, controle de tráfego aéreo, hardware para aeronaves espaciais, soluções de defesa, segurança e entretenimento de bordo, consultoria especializada, entre outros. A participação é organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e pela Embaixada do Brasil em Londres. Além das onze empresas que integram o pavilhão organizado pela Agência, participam da feira, de forma individual, quatro grandes companhias nacionais: Mac Jee, Taurus, CBC e Condor.
A DSEI oferece oportunidades de negócios com diversos países, possibilidade de demonstrações de produtos e equipamentos, além de ser uma ocasião estratégica para ampliar relacionamentos e conhecer as novidades nos setores aeroespacial, terrestre, naval, de segurança e domínios. O público da feira inclui representantes governamentais, de forças armadas de vários países, líderes da indústria e da cadeia global de suprimentos de defesa e segurança, compradores, vendedores, desenvolvedores, pensadores, educadores e instrutores internacionais.
O apoio à participação em feiras internacionais – tanto na identificação dos melhores eventos para negócios quanto na organização deles – é apenas uma das atividades da Apex-Brasil. “No caso de setores estruturados da economia, como o de Defesa e Segurança, atuamos de forma conjunta com empresas e associações setoriais. Neste projeto, temos estreita parceria também com o Ministério da Defesa e o Ministério de Relações Exteriores”, comenta o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia. “Fazemos um planejamento traçando as melhores estratégias para nossas empresas terem mais participação no mercado internacional, o que inclui o mapeamento de mercados estratégicos, ações de inteligência de mercado, ações de promoção comercial, missões prospectivas e outras que visam promover exportações e parcerias comerciais”, complementa.
O setor de defesa tem grande importância para o Brasil, tanto em termos de segurança nacional quanto pelo forte impacto positivo que a Base Industrial de Defesa (BID) exerce sobre o desenvolvimento tecnológico, a inovação e os resultados econômicos das exportações do país. O sistema de Business Intelligence da Apex-Brasil aponta que o valor médio das exportações anuais das empresas participantes do projeto de promoção de exportações desenvolvido em parceria com a ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) nos últimos cinco anos foi de US$ 4,4 bilhões.
O setor exporta hoje 232 produtos para 117 países. No mercado global há novas oportunidades, devido a uma tendência de aumento dos investimentos dos países em produtos e serviços de Defesa e Segurança e o Brasil pode ampliar as vendas por meio de ações como a presença na DSEI. “Por ser um evento líder mundial, a DSEI conecta governos, militares e a indústria de defesa e segurança em uma escala inigualável, sendo uma excelente ferramenta para gerar competitividade às empresas brasileiras e um grande instrumento para a inserção internacional dos nossos produtos e serviços”, avalia o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia.
Investimentos
A Apex-Brasil também preparou uma agenda de atração de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil, associada à feira DSEI. A equipe de técnicos da Agência fará reuniões com 15 empresas do setor de defesa, de diferentes países, para entender seus planos para o Brasil e o seu interesse em investimentos nos próximos anos. A ideia é atender a esses investidores explicando as oportunidades existentes e, assim, gerar mais negócios para o Brasil.
O Brasil tem o maior orçamento para defesa da América Latina, estimado em mais de 28 bilhões de dólares. Essa indústria gera cerca de 300 mil empregos diretos e indiretos e atua tanto no mercado nacional quanto no comércio internacional. Novos investimentos e parcerias entre empresas estrangeiras e brasileiras podem favorecer clusters produtivos nacionais que já contam com alta tecnologia, como o pólo aeroespacial de São José dos Campos.
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