UNICA participa do International Sweetener Colloquium, em Miami
A representante para a América do Norte da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), Letícia Phillips, afirmou que “o Brasil continuará lutando contra políticas públicas distorcivas no mercado global”, durante o Colóquio do Açúcar (International Sweetener Colloquium), conferência anual da indústria americana usuária do produto, realizada em Miami (EUA), entre os dias 24 e 27 de fevereiro deste ano. A participação da UNICA no Colóquio do Açúcar foi possível por meio do convenio da entidade com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Durante painel com investidores da Czarnikow e da Alvean, a representante da UNICA destacou a distorção que políticas, como as atualmente implementadas pela Índia e China, causam ao comércio global, o que levou o Brasil a solicitar a abertura de um Painel na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A representante ressaltou, ainda, a reforma do regime açucareiro, atualmente em curso na Tailândia, como um resultado positivo de ação semelhante realizada pelo Brasil contra o país, em 2017.
Dois outros pontos debatidos no evento foram as perspectivas da safra 2019/2020 e o papel do Programa RenovaBio para o mercado de açúcar brasileiro e global. Segundo Letícia Phillips, “programas de etanol, a exemplo do RenovaBio, podem ter um impacto relevante para neutralizar os excedentes de açúcar nos países produtores desta commodity”.
Além da maior previsibilidade na demanda por etanol, o aumento do seu consumo ainda pode gerar benefícios a esses países do ponto de vista ambiental e de saúde pública.
Projeto
A Apex-Brasil e a ÚNICA publicaram, em fevereiro de 2008, estratégia para promover a imagem dos produtos sucroenergéticos no exterior, em especial do etanol brasileiro como uma energia limpa e renovável. As duas entidades assinaram um convênio que prevê investimentos compartilhados. O projeto pretende influenciar o processo de construção de imagem do etanol e demais derivados da cana junto aos principais formadores de opinião mundial, bem como empresas de trading, potenciais investidores e importadores, ONGs e consumidores.
