Webinar mostra oportunidades para o Brasil na crise entre EUA e China



Webinar mostra oportunidades para o Brasil na crise entre EUA e China

Seminário eletrônico será realizado em 3 de junho e apresentará análise de mercado com as possibilidades de negócios que surgem para o Brasil em decorrência da disputa comercial entre americanos e chineses

A guerra comercial entre Estados Unidos e China, que eclodiu em março de 2018 e se intensificou nas últimas semanas, pode trazer importantes oportunidades de negócios para o Brasil. Pensando em mapear as possibilidades que se abrem para as exportações brasileiras para aqueles que são seus dois maiores parceiros comerciais, a Apex-Brasil analisou aspectos desse cenário e promoverá um Webinar para debater o tema na segunda-feira, 3 de junho, das 16h às 17h.

A análise da Apex-Brasil utiliza um recorte metodológico que leva em consideração diversas variáveis como preço dos produtos, tarifa adicional aplicada, grau de presença das exportações brasileiras para mercado americano, competitividade do produto brasileiro e considerações quanto a questões regulatórias de impacto da disputa comercial entre os países.

O seminário eletrônico terá a participação de André Soares, “non-resident fellow” do laboratório de ideias americano Atlantic Council, e Clara Santos, Analista de Inteligência da Apex, com moderação de Gustavo Ribeiro, coordenador de Acesso a Mercados da Apex-Brasil. Na ocasião, haverá espaço para perguntas e respostas. A inscrição é gratuita.

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Entenda a crise

A disputa comercial entre EUA e China teve início em março de 2018, quando o presidente Trump anunciou a criação de novas taxas para a importação de aço e alumínio ao país. O país passaria a cobrar uma sobretaxa de 25% para o aço importado e de 10% para o alumínio.

Embora a China fosse o alvo principal do anúncio de Trump, o aumento das taxas para aço e alumínio afetou vários países, inclusive o Brasil.

Diante disso, a tensão escalou e no dia 10 de maio de 2019, os Estados Unidos subiram de 10% para 25% a tarifa de importação sobre cerca de mil produtos chineses, entre os quais cereais, químicos, combustíveis e materiais de construção. Estima-se que a medida tenha impacto em US$ 200 bilhões em mercadorias comercializadas entre os dois países.

A China respondeu estabelecendo tarifas de 25% sobre US$ 60 bilhões, em produtos agrícolas e maquinário americano – cerca de metade de todas suas importações dos EUA -, que devem entrar em vigor em 1º de junho de 2019.

Outro golpe recente dos EUA à China foi a decisão de barrar empresas americanas de comercializarem com a gigante de tecnologia chinesa Huawei, que compete diretamente com a Apple e a sul-coreana Samsung em smartphones e tecnologia 5G.

O presidente Trump ameaça agora aplicar uma tarifa de 25% sobre os US$ 325 bilhões de importações chinesas restantes, que até agora foram poupadas.

O prolongamento da crise preocupa porque pode provocar uma desaceleração do comércio mundial, causando perdas econômicas para todos os países. No entanto, no curto prazo, podem existir vantagens a serem exploradas.

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