Chefes de Estado da União Europeia recebem Joe Biden



Nos  dias 24 e 25 de março, o Conselho Europeu, que congrega chefes de Estado de Governo da União Europeia, recebeu o Presidente estadunidense, Joe Biden, como parte da série de compromissos do norte-americano na Europa. A viagem incluiu também uma reunião da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar entre Estados Unidos e o mundo ocidental, e um encontro com líderes do G7.

Na agenda europeia, o principal assunto foram novos cenários para ampliação das sanções impostas à Rússia e Belarus no âmbito do conflito na Ucrânia. Pacotes de sanções vêm sendo aplicados desde fevereiro, e segundo diplomatas envolvidos nas negociações, a aplicação se dá de forma gradual pois “as sanções devem causar mais danos no país-alvo, do que naqueles que a aplicam”. O caso é especialmente sensível pois a União Europeia é altamente dependente do comércio com a Rússia no setor energético e alimentício. Não obstante, cogitou-se uma suspensão de três meses nas importações de gás natural, e a interrupção da conectividade terrestre e marítima entre o bloco e a Rússia. Os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) e a Polônia têm sido mais enfáticos sobre o assunto.  Ao fim do encontro, no entanto, nenhum novo pacote de medidas foi anunciado pela União Europeia.

O encontro da OTAN serviu para que os países da aliança ativassem os sistemas defensivos contra-ataques químicos, biológicos e nucleares, o que permite a movimentação mais rápida de tropas pelo continente. O G7 não constitui uma organização formal, e tampouco tem um tratado que o institua, mas representa um alinhamento informal das sete maiores economias do mundo democrático: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Este alinhamento gerou, entre outros, um movimento coordenado na aplicação das sanções atualmente em vigor. A reunião de março, organizada em Bruxelas na véspera do Conselho Europeu, produziu apenas uma declaração de suporte aos esforços do grupo para mitigação dos efeitos do conflito.