COP28



A 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (Cop28) ocorrerá entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Os países já estão se preparando para debater estratégias para conter o aquecimento global. De acordo com o Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC),  a meta aceitável é um aumento de no máximo de 1,5 ºC até 2050, em relação às temperaturas registradas na era pré-industrial. A proposta da COP 28 é discutir os desafios impostos pelas mudanças do clima.

Em outubro, o Conselho da União Europeia determinou algumas estratégias para se posicionar no debate. Os Estados-membros acreditam que os esforços coletivos dos países não são suficientes para conter o aquecimento e vão propor que as principais economias aumentem suas metas em relação a suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs, sigla em inglês) e atualizem suas Estratégias de Desenvolvimento de longo prazo com baixas emissões de gases de efeito estufa para incluir uma meta zero de emissões líquidas até 2050. A estratégia da UE conta com o pacote “Fit for 55” que permitirá ao bloco europeu a reduzir suas emissões líquidas dos gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990 e alcançar a neutralidade climática até 2050.

A eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e o aumento da capacidade de energia renovável também fazem parte da agenda. Segundo a UE, a transição para uma economia com impacto neutro no clima exigirá um banimento progressivo de combustíveis fósseis a nível mundial. A ideia é tentar eliminá-los até 2050, bem como almejar um sistema energético global total ou predominantemente descarbonizado até 2030.

Outro objetivo estratégico é o financiamento climático para lidar com perdas e danos. Nesse sentido, a UE reconhece que os mecanismos de financiamento existentes precisam ser reforçados e sugerem que bancos multilaterais de desenvolvimento e as instituições financeiras internacionais participem do fundo. Os países ricos nunca conseguiram cumprir a promessa de mobilizar os US$ 100 bilhões por ano para ajudar os países pobres a lidarem com os impactos das mudanças climáticas.

Já o Brasil pretende abordar temas relacionados a uma matriz energética mais limpa, o agro sustentável e o hidrogênio verde. As boas práticas no agronegócio são determinantes para mitigar emissões e ajudam a colocar o Brasil em evidência. Além disso, o país possui capacidade para ser líder na produção de hidrogênio verde, o que demonstra potencial para reduzir a pegada de carbono e alavancar a transição energética.

Ademais o tema de segurança alimentar e nutricional e o combate às desigualdades no enfrentamento às mudanças climáticas elevam a responsabilidade do país e contribuem a nível global para as discussões. Outro ponto de destaque é o potencial agroflorestal, que pode ser viabilizado com mudanças na produtividade rural e redução do desmatamento.

 A Apexbrasil participará em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente na coordenação do pavilhão brasileiro e de 24 painéis dos 120 que serão apresentados. Além disso, seis empresas de startups aprovadas por meio de edital da Cop participarão do evento. A divulgação oficial que o Brasil hospedará a Cop30 em Belém do Pará em 2025 será realizada ao final do evento.