Executiva da Comissão Europeia reforça a conformidade e a segurança alimentar da carne brasileira



No dia 28 de janeiro, o Comitê de Meio Ambiente, Clima e Segurança Alimentar do Parlamento Europeu analisou duas auditorias realizadas em 2024 sobre os sistemas de segurança alimentar e sanidade animal do Brasil. Uma delas focou no controle de resíduos em produtos de origem animal, como carne bovina e de frango, e a outra na prevenção da influenza aviária. Foi uma oportunidade para a Comissão Europeia reforçar que considera os produtos brasileiros aptos para o mercado europeu.

Durante a sessão, Maria Pilar Aguar Fernandez, diretora de auditorias em saúde e segurança alimentar da Comissão, assegurou aos parlamentares a qualidade dos sistemas de controle do Brasil. Ela destacou que “não há evidências de carne bovina brasileira tratada com hormônios entrando no mercado europeu” e que o sistema brasileiro garante o cumprimento das regras da UE quanto a resíduos de substâncias farmacologicamente ativas. Ainda ressaltou que “o Brasil pode depositar total confiança na credibilidade dos resultados analíticos fornecidos pela rede de laboratórios”. Maria Pilar também apontou que, nos últimos anos, nenhum Estado-membro da UE detectou substâncias proibidas em produtos de carne bovina brasileira.

Sobre os controles sanitários relativos à influenza aviária e as eventuais diferenças em relação às práticas da UE, a diretora reforçou que as exigências impostas ao Brasil são exatamente as mesmas aplicadas aos produtores da UE. Em resposta às alegadas vantagens competitivas injustas, ela esclareceu: “A resposta é simples e clara: não há”. Ela ressaltou ainda que a vigilância brasileira contra a influenza está alinhada aos padrões globais e é eficazmente aplicada em fazendas comerciais de aves no país.

Apesar da preocupação demonstrada por alguns parlamentares europeus, os dados demonstram que a presença do Brasil no mercado europeu ainda é limitada. Em 2023, a UE representou menos de 5% das exportações brasileiras de carne de aves, totalizando cerca de 217 mil toneladas. As exportações de carne bovina para a UE corresponderam a apenas 3% do total exportado pelo Brasil, atingindo quase 78 mil toneladas.